Prólogo

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Boa Leitura. ♡

Cresci em um orfanato e achei que passaria minha vida toda lá, até Helena Young e Robbie Young me adotarem com seis anos de idade.

Confesso que passei por alguns apertos, para mim morar e crescer naquele lugar não foi nada fácil. O orfanato Anjos Caídos só tinha fachada de ser um ótimo orfanato de freiras, porque por dentro, era o verdadeiro inferno.

Mas graças aos anos que decorreram encontrei pessoas maravilhosas que me adotaram, e que hoje posso chamar de pai e mãe.

Uma dica, nunca, em hipótese alguma deixe uma criança escolher seu próprio nome. Meus pais adotivos cometeram esse erro, e como eu era uma criança muito diferente das outras, escolhi Blue, devido ao desenho que eu assistia, O Clube Das Wix.

Ridículo eu sei, mas mesmo assim eu gosto do meu nome. Meus pais não queriam esse nome, mas como eles queriam que eu escolhesse, foi esse mesmo, eu era pequena e eles queriam me mimar, brinco com eles que esse foi um dos piores mimos que eles já fizeram.

Fui registrada como Blue Young e fui zoada na escola muitas vezes também, mas um dia tudo acaba, assim como acabou as zoações e o ensino médio.

Meus pais adotaram mais duas crianças no mesmo ano, eles não podiam ter filhos, os dois. Primeiro eu, depois Maxinne, e por fim Raymond.

Maxinne era uma garotinha marota dos olhos azuis e dos cabelos negros, parecia a branca de neve. Ela tinha dez anos na época, nos adotaram no mesmo ano e ela se tornou a irmã mais velha. Depois veio Raymond, ele era um garotinho lindo e sorridente, tinha três anos quando foi adotado.

Nossos pais sempre dividiram o amor que eles tinham a oferecer, e olha que não era pouco. Nós três nos dávamos super bem, parecíamos mais amigos do que irmãos, mas afinal, éramos.

Por incrível que pareça não crescemos crianças mimadas, não eu e Maxinne, porque quando nos adotaram já éramos maiores. Ray era o mimado, nossos pais faziam a mesma coisa para os três igualmente, mas quem batia o pé e fazia birra era Ray.

Os anos passaram e crescemos, quando completei dezessete anos conheci Richards, ele era filho dos melhores amigos de meus pais.

Começamos a namorar, Richards e eu nos dávamos bem, mas assim que completamos um ano de namoro seus pais faliram e inventaram um noivado entre nós dois para que sua família não ficasse na lama.

Eu não o amava intensamente, apenas gostava muito dele, nunca fui de me apaixonar por garoto algum. Mas como era de Richards que mais gostava resolvemos namorar, e ai deu na cabeça de seus pais que podiam fazer um noivado para nós.

Aquilo foi uma droga para mim, eu não queria, mas como esse era o único jeito aceitei por mamãe e papai.

Confesso que sempre fui uma garota temperamental, para mim o que era certo era certo, e o que era errado era errado e ponto final. Foquei-me nos estudos e já fazia faculdade tinha dois anos, cursava medicina, moda, e administração, eu queria ser uma excelente médica como minha mãe.

Nunca fui atrás de minha mãe biológica, ela havia me deixado porque quis e eu não iria atrás de uma pessoa que havia me abandonado na frente de um orfanato como lixo com apenas duas semanas de vida, tinha meu amor próprio acima de tudo.

Maxinne já tinha vinte e três anos e estava noiva do filho de uma prima de uma amiga dela, ela era louca e uma ótima irmã mais velha, mas acima de tudo, era minha melhor amiga.

Minha vida corria muito bem, faculdade, boa família, colegas legais, pais que me amavam muito e que se orgulhavam de mim, estava tudo perfeito, até eu conhecer o Deus Grego Grosso e depois de um ano ver tudo em minha vida mudar, na verdade desmoronar, completamente.

Meus sentimentos foram bagunçados, minha vida deu um mortal de 360 graus, as mentiras vieram a tona e eu me encontrei em uma situação que eu nunca havia imaginado. A vida nos surpreendem sim, mas as pessoas nos surpreendem mais ainda. 

O Acaso ou O Destino?Onde histórias criam vida. Descubra agora