Capítulo 9 - Algumas doses de provocação.

193 17 9
                                    

Querido, foi para isso que você veio. Um raio cai toda vez que ela se move. E todo mundo está olhando ela, mas ela está olhando pra você.

-- Calvin Harris feat. Rihanna (This is what you came for)

Boa Leitura.

Travis Kingston: Narrando

Ela era extraordinariamente diferente, eu jamais em toda minha vida tinha encontrado uma mulher como aquela.

E porra, aquela sensação estranha estava me dominando, eu não era de me preocupar com ninguém, mas quando se tratava de Blue Young, eu me tornava um cara desesperado para saber como ela estava.

Com isso então, confesso que o carro dela não parou porque deu problema, eu que mexi em alguns fios para que ele não ligasse. O pai dela já tinha falado comigo sobre o contrato e eu aceitei, logo mexi no carro da princesa pois sabia que seu pai mandaria o carro para que eu o consertasse, dito e feito.

Claro que eu queria saber dela do meu jeito, eu não era sensível com ninguém, e muito menos era de fazer as vontades de alguém, mas eu confesso que me preocupava com aquela mulher, do meu modo, mas me preocupava.

Meus primos não tocaram no assunto sobre o final de semana no iate, e aquilo de certa forma era ótimo, porque eu não tinha cabeça pra pensar mais naquilo. Eu só pensava em como eu fui burro, em como eu me expus para Blue naqueles três dias, em como eu havia sido um puta baitola. Mas o que eu poderia fazer, ela tinha a paciência que ninguém teve comigo após eu me tornar do jeito que era.

Blue me provocava assim como eu a provocava, ela sabia dar o troco na mesma moeda. Era a única mulher em anos que havia conseguido bater de frente comigo, mas eu não esquecia o fato de que ela tinha apenas vinte anos, era tão nova perto de mim, tinha tanto o que viver, o que ver.

-- Ei vacilão, pensando no quê? Bucetas, ou em como consertar esse Maserati? - Keith perguntou pela milésima vez naquele dia, e eu já estava puto, porque não conseguia parar de pensar na cadela.

Porra, a mulher tinha dormido na minha casa, e na manhã seguinte simplesmente vazou, eu tive que ir naquela porra de mansão devido aos meus instintos de preocupação com ela, e aquilo acabou comigo.

Um ano se passou e tantas merdas aconteceram comigo, a merda do passado veio a tona, aconteceu tanta bosta que é doloroso até se eu lembrar, por isso preferia ser como era naquela época, rude com tudo e todos, assim ninguém me desafiaria e nada de merdas aconteceria novamente.

Mas para minha preocupação se agravar, os amigos dela frequentavam o Pub em que eu vivia bebendo, o Pub do Mike, e seu amigo era o tatuador do estúdio que tinha naquele mesmo Pub. Sua amiga também frequentava o mesmo lugar que eu, e devido a minha fama naquele lugar, eles já sabiam como eu era, só não sabiam por que eu era daquele jeito, apenas do que o povo inventava.

-- Estou pensando em como vou consertar essa porra. -- Falei irritado já.

Logo vi Fiorella desfilando pela mecânica, ali era tudo meu, eu havia construído com meu suor, não era nenhum badboy de merda que esbanjava dinheiro e que os pais tinham dado tudo na mão. Eu era um homem e aprendi a ser forte desde cedo, só que poucos sabiam daquilo, achavam que tudo para mim caia do céu facilmente, mas aquela porra não era assim.

Fiorella era minha prima, assim como Grant e Keith, as vezes eles eram uns putos do caralho, mas eu não conseguia ficar longe daqueles merdas, e nem das loucuras dos mesmos.

Os três moravam perto de mim, na mesma rua, e trabalhavam comigo também, exceto Fiorella que era veterinária, sim, acreditem, o estilo dela não condizia com sua profissão, ela era mais rockeira, mais jogada na noite, mas amava animais como nunca vi ninguém mais amar, não do jeito que ela amava.

O Acaso ou O Destino?Onde histórias criam vida. Descubra agora