Capítulo 17 -- Foda-se!

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Diz meu nome, diz meu nome. Você está agindo meio sombrio, não está me chamando de querido, porque a mudança repentina?

Qualquer outro dia eu chamaria, você diria: Querido como foi seu dia? 

Mas hoje, não é a mesma, cada palavra é: "uh-huh... sim, ok"

*

Você disse que me amava, porque você me deixou sozinho? Agora você diz que me quer, porém quando me chamar no telefone, garota eu recuso. Você deve ter me confundido com outro cara. Suas  pontes foram queimadas, e agora é sua vez de chorar.

-- The Neighbourhood (Say My Name)

Boa Leitura.

Travis Kingston: Narrando

Eu estava zonzo, minha vista estava embaçada e minha cabeça doía mais do que eu poderia explicar.

Minha cabeça doeu mais ainda quando flashes disparados da noite anterior me atingiram.
Passei minhas mãos por minha cabeça como se aquilo fosse aliviar a dor, tentativa falha. Ao redor dos meus olhos doía muito, eu nunca tinha tido uma ressaca daquelas. Percebi que estava na sala, eu vestia uma calça moletom cinza e estava sem camisa, sentia que estava sem cueca também. Aos poucos me levantei, cambaleei para os lados e tropecei na mesinha de centro que habitava a sala.

Vozes altas vinham de muito longe, eu ainda não conseguia assimilar as vozes. Meu cérebro parecia estar em pane, por alguns segundos angustiantes me perguntei Onde estava, mas eu estava em minha casa.

-- Que porra de dor é essa?! -- perguntei pra mim mesmo.

A porta sendo aberta quase me fez querer enfiar a cabeça no chão e enterrar, era uma dor fodida.

-- Ah você acordou. -- Bem longe eu conseguia ouvir a voz de Fiorella, ela parecia estar preocupada.

Entrei em desespero quando enquanto eu a olhava não conseguia manter o foco nela, seu rosto, seu corpo estava embaçado para os meus olhos, sua voz estava oca e longe. Semisserrei os olhos para tentar enxergar melhor, enfiei o dedo no ouvido, mas eu não conseguia enxergar ela direito e muito menos ouvir ela.

-- Fiorella, Fiorella eu não tô escutando porra nenhuma... Eu não tô enxergando caralho! -- Meus movimento eram frenéticos, eu tentava alcançar ela, mas cada passo que eu dava eu me desequilibrava. -- QUE PORRA TÁ ACONTECENDO CARALHO? QUE MERDA É ESSA?

-- Travis, calma... -- Eu senti quando ela se aproximou, estava tremendo e nervosa. -- Você tem que ficar calmo. -- suas mãos envolveram meio rosto, ela secou lágrimas que eu nem imaginava ter soltado, meu desespero era tanto que descrever seria impossível. -- levamos você no médico já, dentro de uma hora...

-- Fala mais alto, sua voz tá baixa e distante, tá ruim pra escutar porra. -- Ela me sentou assim que pedi para ela falar mais alto, e assim ela fez.

Outra vez escutei o barulho da porta pesada deslizando, eu não estava realmente escutando muito bem, mas barulhos fortes eu conseguia escutar e doía meu tímpanos como se estivesse queimando os mesmo.

-- Fala alto porque ele ainda não está ouvindo. -- ouvi Fiorella falando para quem quer que tenha entrado naquela hora.

Sequei os resquícios de lágrimas rapidamente, ninguém me veria tão fraco e impotente.

-- Mano como você tá? -- era Grant, senti quando encostou em meu ombro apertando levemente como se quisesse me passar força.

-- Mal pra caralho, que porra tá acontecendo? -- Eu Indaguei e como resposta, quase um minuto de silêncio.

O Acaso ou O Destino?Onde histórias criam vida. Descubra agora