11. Israel e a previsão louca

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Nós chegamos na sorveteria e já compramos os sorvetes... E meu Deus que coisa boa.

Quando a moça veio até nós eu sorri e perguntei:

- Tem sorvete pra cachorro? - falei. A moça me olhou de forma estranha.

Acho que deveria estar pensando que eu era sei lá uma psicopata. Nem sou.

Ela revirou os olhos e saiu.

Olhei para Peter que segurava o riso, ele começou a gargalhar.

- O que é isso? Para. O que eu fiz? - digo sem entender merda alguma.

- Você perguntou... Se tem sorvete PRA CACHORRO! - diz ele ainda rindo.

Olho pra ele séria.

- Que que tem? Tinha uma sorveteria lá perto de casa que vendia. - falei me defendendo.

- E você gostava? - diz ele.

- Você acha que eu sou cachorra por acaso? - digo e ele arregala os olhos.

- E-eu claro que não... - diz ele gaguejando me fazendo rir.

- To falando do animal! menino esquisito... - falo.

- Ah! - diz ele entendendo. - Vai que você gostava.

- Não eu nunca provei. - digo e ele toma o sorvete dele. - Mas eu já... Provei ração.

A reação dele foi assustadora.

- Você o que!? - diz ele.

- Eu tinha onze anos ta!? - digo.

- Onze anos já sabe raciocinar sabia? - diz ele.

- Ah vai se fuder . - digo e rio.

- Vamos juntos. - diz ele e o olho.

Arregalo meus olhos.

Ele arregala os deles.

- Me desculpa agora que eu parei pra entender o que eu disse! - disse ele.

- Vamos ignorar isso e continuar a tomar sorvete normalmente. - digo.

- Tá legal. - diz ele.

Quando acabamos de tomar sorvete, pedimos uma água para Lupin e nos sentamos na praça.

Prendo o meu cabelo em um coque, aquele dia estava especialmente quente.

Olho pelo canto do olho para Peter que olhava para o meu cabelo.

- O que? - falo quando o encaro.

- É que... Seu cabelo é tão grande e tão ruivo. - Ele diz me fazendo rir.

- É tão ruim assim? - falo.

- Não! - ele se exalta me fazendo assustar. - Eu amo ruivas, quero dizer cabelos ruivos.

Rio sem graça.

- Quero dizer, seu cabelo é lindo. E você também. - diz ele.

Eu fico calada apenas o olhando até que Lupin pula no meu colo.

Começo a rir, ele me lambe, ele me da uma lambida bem na boca.

- Jesus! - diz Peter rindo. - Só não digo que tirou o bv do Lupin porque quem tirou foi eu.

- Eu não esperava que ele... Peraí, vocês se beijaram!? - arregala meus olhos.

- É. Mas juro que foi sem querer. - diz ele.

- Não precisa se explicar, eu apoio toda forma de amor. - digo rindo.

Ele revira os olhos mas ri também.

Viagem sem VoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora