Nós chegamos na sorveteria e já compramos os sorvetes... E meu Deus que coisa boa.
Quando a moça veio até nós eu sorri e perguntei:
- Tem sorvete pra cachorro? - falei. A moça me olhou de forma estranha.
Acho que deveria estar pensando que eu era sei lá uma psicopata. Nem sou.
Ela revirou os olhos e saiu.
Olhei para Peter que segurava o riso, ele começou a gargalhar.
- O que é isso? Para. O que eu fiz? - digo sem entender merda alguma.
- Você perguntou... Se tem sorvete PRA CACHORRO! - diz ele ainda rindo.
Olho pra ele séria.
- Que que tem? Tinha uma sorveteria lá perto de casa que vendia. - falei me defendendo.
- E você gostava? - diz ele.
- Você acha que eu sou cachorra por acaso? - digo e ele arregala os olhos.
- E-eu claro que não... - diz ele gaguejando me fazendo rir.
- To falando do animal! menino esquisito... - falo.
- Ah! - diz ele entendendo. - Vai que você gostava.
- Não eu nunca provei. - digo e ele toma o sorvete dele. - Mas eu já... Provei ração.
A reação dele foi assustadora.
- Você o que!? - diz ele.
- Eu tinha onze anos ta!? - digo.
- Onze anos já sabe raciocinar sabia? - diz ele.
- Ah vai se fuder . - digo e rio.
- Vamos juntos. - diz ele e o olho.
Arregalo meus olhos.
Ele arregala os deles.
- Me desculpa agora que eu parei pra entender o que eu disse! - disse ele.
- Vamos ignorar isso e continuar a tomar sorvete normalmente. - digo.
- Tá legal. - diz ele.
Quando acabamos de tomar sorvete, pedimos uma água para Lupin e nos sentamos na praça.
Prendo o meu cabelo em um coque, aquele dia estava especialmente quente.
Olho pelo canto do olho para Peter que olhava para o meu cabelo.
- O que? - falo quando o encaro.
- É que... Seu cabelo é tão grande e tão ruivo. - Ele diz me fazendo rir.
- É tão ruim assim? - falo.
- Não! - ele se exalta me fazendo assustar. - Eu amo ruivas, quero dizer cabelos ruivos.
Rio sem graça.
- Quero dizer, seu cabelo é lindo. E você também. - diz ele.
Eu fico calada apenas o olhando até que Lupin pula no meu colo.
Começo a rir, ele me lambe, ele me da uma lambida bem na boca.
- Jesus! - diz Peter rindo. - Só não digo que tirou o bv do Lupin porque quem tirou foi eu.
- Eu não esperava que ele... Peraí, vocês se beijaram!? - arregala meus olhos.
- É. Mas juro que foi sem querer. - diz ele.
- Não precisa se explicar, eu apoio toda forma de amor. - digo rindo.
Ele revira os olhos mas ri também.
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Viagem sem Volta
JugendliteraturHazel Miller se muda para os Estados Unidos porque seu pai não tem mais tempo para ela. Ele é um homem muito ocupado, dono de uma empresa de Colchões muito famosa no Reino Unido e precisa estar sempre viajando para vários países diferentes. Hazel e...