30. A gangue

158 15 3
                                    

- Olha que bonitinho o casal! - Um homem tatuado, grande e de barba falou.

Olhei em volta, eles eram todos motoqueiros, mas o que eles queriam da gente?

- Pai, eu quero namorar com ela. - Disse um garoto, ele devia ser da minha idade. Tinha olhos negros e o cabelo preto bem cortado, ele não era feio, mas era perigoso. - Qual seu nome?

- Por favor não nos mate! - Peter diz e pega minha mão. - O que vocês querem?

- Você ouviu meu filho. - O homem diz.

Peter me encara e levanta uma sobrancelha.

- Não! - Diz Peter. - Ela é minha namorada.

- Mesmo que eu não fosse, eu não ia querer namorar com você. - Falo.

- Ta me chamando de feio? - O menino pergunta.

- Não! - Falo. - Só que eu nunca ia namorar com uma pessoa do nada, e com medo.

Eles ficam nos encarando, e o pai finalmente diz.

- Bom, vocês dois podem nos passar a bike. - Fala o homem. - Eu tenho uma arma.

Peter entrega a bicicleta.

- Agora podemos ir? - Digo.

- Podem ir! - Fala o homem, eu e Peter nos viramos para sair do beco.

- Você tem certeza que não quer me passar seu número!? - O menino grita.

- Não! Ela não quer! - Diz Peter e eu começo a rir quando estamos longe.

 Ele me encara sem entender.

- Por que ta rindo? Pensei que fossemos morrer!

- To rindo de nervoso. - Falei e começamos a andar em direção à casa de Peter que era mais perto.

- Você pode ficar lá em casa se quiser, sua casa é muito longe. - Falou ele.

- Ah não precisa, eu vou embora sozinha mesmo. - Falei. - E apesar... Eu vou te dar uma bicicleta nova, foi culpa minha.

- Não, de jeito nenhum. Aquela bicicleta tava meio velha mesmo. - Falou. - Mas você não vai embora sozinha ta bom?

- Não quero te dar trabalho. -Falei.

- Não vai me dar trabalho, mas aconselho que você durma lá em casa. - Falou e eu o olhei estranho. - Para, nós só vamos dormir.

 Arregalei os olhos.

- E-eu não disse nada... - Falei, ainda bem que estava escuro senão ele ia me ver vermelha quase roxa.

 Peter vira a cara.

- E-eu também não quis dizer nesse, nesse sentido. - Falou sem graça.

 (...) 

 Acabou que eu liguei para minha mãe e ela deixou eu dormir na casa ''da Ivy''.

 - Oi pai. - Disse Peter quando entramos na casa. 

 O pai dele tava no sofá assistindo televisão, e olha que já devia ser umas três da manhã.

- Oi filho... - ele ia dizendo e percebeu minha presença. - Ó. Hazel não é?

- Oi, desculpa estar incomodando. - Falei sem graça.

- Não incomoda menina! - Ele disse levantando. - Vocês estão namorando?

- Não! - Exclamamos juntos. 

- Somos amigos. - Esclareci.

- Uhum... Mas o que houve? - Perguntou o pai de Peter.

- A festa acabou muito tarde, então é meio perigoso Hazel ir pra casa porque a dela é bem mais longe. - Falou Peter.

- Ah entendi. - Falou o pai de Peter. - Você pode dormir no meu quarto se quiser, eu não gosto de dormir lá.

- Tem certeza? Não quero incomodar. - Falei.

- Meu pai nunca dorme na cama dele, relaxa. - Falou Peter.

- Podem ir crianças, eu vou dormir agora. - Falou o pai dele e nos desejou boa noite.

 Retribuímos.

- Ah Peter, esqueci. Sua madrinha ta dormindo na sua cama. - Falou o pai de Peter.

- Vixi. - Falou Peter. - Dou um jeito.

 Nós subimos as escadas.

- Peter, acho melhor eu ir embora. Estou atrapalhando vocês. - falei.

- Não, não vou te deixar sair daqui. - Falou ele. - A gente dorme no quarto do meu pai, é cama de casal. OU! Se você achar melhor eu durmo no colchão.

- Eu durmo no colchão. - Falei.

- Para com isso menina! - Fala Peter.

- Para de me chamar de menina, menino!

- Blá blá blá. - Ele disse e entramos em um quarto de casal.

Eu tava super sem graça por estar ali.

- Eu vou tomar um banho. - Falou Peter. - Troco de roupa no banheiro pra não te deixar sem graça.

Peter vai tomar banho e quando vejo o celular dele apita, não era para eu olhar mas estava do meu lado.

Sabrina 💓

-Que saudade amor! Eu amei a aliança que você me deu...-

Ah não.



Viagem sem VoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora