stay with me.

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January 08, 1993. [17:56 PM.]

Minhas aulas na faculdade terminam às 11:00 da manhã, e eu só cheguei em casa agora. Acontece que, eu iria vir direto para casa. Mas Jongdae não deixou. Estava chovendo e eu fiquei olhando a chuva cair do lado de fora no meu lugar privilegiado ao lado da janela.

Eu confeso que estava cansada demais para fingir estar disposta para aprender Latin. Culpa, é isso o que eu sinto, e parece estar em toda parte transbordando pelos meus poros e no ar que eu respiro. Ele não fez nada, não me chamou atenção por eu claramente não estar prestando atenção em sua aula.

A chuva ainda caia em gotas pesadas do lado de fora quando a aula acabou e a sala de aula começou a esvaziar-se rapidamente. Eu fiquei para trás arrumando minha mochila, e estava tão dispersa que sequer percebi que Jongdae ainda estava ali.

E me assustei um pouco quando ele surgiu na frente da porta, meu coração bateu muito forte, por causa do susto. Ele riu de mim, e meu coração bateu mais forte ainda, como se isso fosse possível.

"Oh, não sou um idol, mas não sou tão feio assim. Sou?"

Demorei um pouco a reagir porque fiquei alguns segundos hipnotizada pelo sorriso brilhante que ele dirigia a mim.

"Você me assustou, e é melhor eu ir agora para casa, ante que a tempestade se transforme em dilúvio."

Eu tentei passar por ele, mas ele bloqueou a saída de novo.

"Você vai sair nesta chuva? Por que não fica aqui. Comigo?"

Ele pediu de uma forma tão doce, e ao mesmo tempo sexy. E por mais que fosse tentador, eu tinha que dizer não, me sentia no dever de negar.

"Eu realmente não posso, eu tenho que ir para casa e fazer algumas coisas, eu..."

Minha voz foi ficando mais baixa até morrer completamente na minha garganta quando ele juntou as mãos em súplica e me pediu por favor, que eu ficasse. Eu não consegui mais dizer não, simplesmente não consegui negar. Era tão diferente vê-lo desta forma, só Kim Jongdae, sem Sr. Kim, Professor Kim e afins.

Como se fôssemos amigos, velhos conhecidos com muita intimidade. Eu não tive mais como fugir. Sem saída, literalmente. Então eu disse "Ok, vamos ficar aqui."
E nós ficamos, e convesamos a tarde inteira, e ele foi divertido e um pouco insistente em perguntar-me sobre minha vida.

E eu me esquivei das perguntas e dei respostas vagas durante toda a tarde. Mas de qualquer maneira, era bom ter com quem conversar isso me distraiu e tornou o peso das minhas costas mais leve.

Entretanto não consigo conter a sensação ruim que parece ter feito de meu peito sua morada por tempo indeterminado, e que lembrou-me de sua presença assim que ele partiu. Creio então que a única solução é mantê-lo por perto. E não vai ser um sacrifício, só não sei como irei fazê-lo, e nem se ele quer ficar.

dear diary;; kimjongdaeOnde histórias criam vida. Descubra agora