call me.

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December 30, 1992. [18:34 PM.]

Não lembro se já comentei sobre, mas este clima festivo de final de ano tem me deixado triste. Porque no natal, minha vó sempre chamava algumas amigas dela aqui da vila, e alguns ex alunos da Faculdade de Seul, e nós tínhamos um grande jantar.

E todo ano eles comentavam o quanto eu tinha crescido, esse ano, ninguém apareceu, só alguns telefonemas de "Sinto muito pela sua perda, você está bem? Ok então". E por que viriam? Eles vinham aqui por ela, ela não está mais aqui. Não há motivo nenhum para aparecerem.

Ano novo, ela ia ver os fogos. E eu ficava em casa, porque nunca gostei, quando eu era criança, ficava com muito medo. Ela ficava desapontada, sei que ficava. Mas fingia que estava tudo bem.

E ela não precisava de mim, ela tinha muitos amigos e eles sempre acompanhavam ela onde quer que ela decidisse ir. Na verdade, acho que ela não ficava desapontada. Acho que estava muito ocupada divertindo-se horrores para sentir minha falta.

Hoje é sexta-feira, logo vou ter que voltar à faculdade. Já deveria ter voltado, mas adiei o máximo que pude. Agora não posso mais. Hora de encarar as pessoas, seus tapinhas nas costas e seus olhares de pena.

É claro que eles sentem muito, mas não por mim. Por ela e por si mesmos. Não porque eu perdi minha família, porque eles perderam a professora amada. Porque ela, que sempre foi tão viva, está morta, e eu que sou meio morta, estou viva.

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N/A: É bem raro um N/A meu, mas vamo q vamo. A última frase eu tirei do livro A MANSÃO HOLLOW, da Agatha Christie. Olarr pra qm tá lendo isso (só a Anne msm :v), pra vc q n é a Anne e tá lendo isso, peço PELO AMOR DO SEU DEUS Q POR FAVOR N SEJA UM LEITOR FANTASMA E DEIXE SEU COMMENT GOSTOSINHO, VAI ME DEIXAR MT FELIZ. Ok?

dear diary;; kimjongdaeOnde histórias criam vida. Descubra agora