runaway with me.

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February 02, 1993. [23:40 PM.] ✧

"Baehim, você quer ser minha? Minha namorada?"

A pergunta veio de forma tão abrupta que eu fiquei sem palavras por alguns instantes. Eu não estava esperando por tal pergunta, já estávamos a mais de uma hora deitados no sofá assistindo tv em silêncio. E então de repente, a pergunta. Me atingindo como uma bomba.

"O quê?"

Perguntei, achando que meus ouvidos me enganavam. Não era possível, Chen pode ser louco, mas sabe que jamais poderíamos namorar como pessoas normais.

"Minha namorada Bae, eu sei que você entendeu."

Ele disse, e eu percebi expectativa em sua voz e em seus olhos quando ele me olhou. Sim, é claro que eu queria dizer sim, obviamente eu queria aceitar.

"Sim, quer dizer, eu entendi. Você é que parece não entender o que está me pedindo."

Eu disse, me forçando a encarar a realidade, e tentando faze-lo abrir os olhos e encará-la também.

"Baehim, eu nunca tive tanta certeza de algo. Mas se é não a sua resposta. Basta dizer não."

Ele disse, sua expressão  cansada,indicando que não queria discutir.

"Chen, nós não podemos."

Eu digo, engolindo em seco. Doeu em mim dizer tais palavras. Mesmo sendo verdade, são mais dolorosas quando ditas em voz alta do que quando são simples idéias passando pela mente.

"É claro que podemos. Nós podemos tudo. Você pode ser minha, e eu posso ser seu. E ninguém pode nos separar se você disser que sim, você só precisa me aceitar."
 
Ele disse, parecia decidido, não aceitaria desculpas. Ou era sim, ou era não.

"E se eu disser sim, e depois? E a faculdade? E o seu emprego?"

Perguntei, não conseguindo me conter.

"Depois, bem, se eu estiver com você, para mim vai ser o suficiente. Já você, eu não sei."

Ele diz, me olhando nos olhos. Bem no fundo dos meus olhos, como se vasculhasse minha alma. O que ele estava falando? Que deveríamos largar tudo?

"Chen, o que você está me propondo?"

Eu perguntei, franzindo o cenho. Em tom divertido, porque não achava que ele estava falando sério.

"Fuga, estou lhe propondo fugir comigo."

Ele disse, e eu olhei para ele, ainda com dificuldade de acreditar em suas palavras. Mas ele estava muito sério. Ele não estava brincando.

"Sim, eu aceito."

dear diary;; kimjongdaeOnde histórias criam vida. Descubra agora