Menor narrando
Sentei na mesa do escritório na boca e logo BR chegou.
BR: fala mano- fez toque comigo.
Menor: diz aí o que a pirua quer que eu to cansado pra porra- reclamei bocejando.
BR tinha me chamado pra vir na boca porque queria conversar comigo e não podia ser perto de Cecí, o que já era estranho.
BR: então mano...- fez suspense passando a mão na cabeça- to querendo trocar um lero contigo sobre a tua irmã pô- disse.
Menor: tu vai ficar enrolando ou vai falar porra- reclamei e ele me lançou um olhar mortal- se tu tiver traído minha irmã, corto tuas bolas fora- ameacei serrando os olhos.
BR: que mané traí menor- revirou os olhos- o que eu quero te falar é uma coisa que só minha mae sabe e é uma decisão minha, mas preciso de um conselho- disse tenso.
Esse papo tava estranho demais e já tava me irritando.
Só não dava um soco nele porque era meu parça.Concordei com a cabeça e ele prosseguiu.
BR: tu sabe que meu sonho sempre foi ter vários pivete pra criar- me encarou- mas eu não posso ter filhos- abaixou a cabeça.
Ué, como assim ele nao pode ter filhos? Não tem a porra de um espermatozoide no saco dele, é só enfiar na Cecí uai.
Papo estranho da porra.
Menor: explica isso direito que eu nao to entendendo nada- resmunguei- Não é só gozar na Cecília e pronto?- perguntei e ele riu.
BR: sou infértil Menor, não posso fazer a Cecí engravidar- respondeu- mas eu quero falar com ela para adotarmos um pivete- disse sorrindo.
Porra ter um sobrinho deve ser massa, eu posso roubar ele e dizer que é meu.
Menor: pô acho massa isso aí mano- sorri animado- conversa com ela direitinho, mas vocês tem que saber se esse romance vai durar pra vida toda, não adianta adotar e fazer a criança sofrer com separação- passei o toque pra ele que concordou.
Continuamos a conversar sobre outros assuntos, até escutar barulho de foguete na laje.
BR: invasão a essa hora?- perguntou já saindo da boca.
Saímos pra fora com pressa e vi os meninos brigando com Cleitinho.
Chegamos mais perto pra ver o que era.
Menor: que porra foi essa aqui?- perguntei bolado.
Cleitinho: foi mal aí Menor, lancei sem querer- respondeu de cabeça baixa.
Menor: fica esperto porra- dei um tapa na testa dele- se fosse o patrão tu não tava vivo- disse e ele concordou.
Saímos de lá e resolvemos ir embora.
Logo chegamos em frente a casa de BR e nos despedimos, já que ele nao subia mais comigo.
Cheguei em casa e entrei já trancando tudo.
Subi pro meu quarto, tomei um banho, me troquei e deitei na cama indo dormir.
*************
BR narrando
Entrei em casa e ascendi a luz da cozinha vendo tudo apagado, somente a luz do banheiro estava ligado e um barulho estranho vinha de dentro.
Caminhei até o banheiro, abri a porta e vi Cecí encolhida no chão chorando.
Provavelmente ela se assustou com o barulho do foguete, ela nem me viu.
Me abaixei perto dela e sentei no chão do seu lado, peguei em sua mão, mas ela continuou de cabeça baixa.
BR: não foi nada, os meninos que mandaram aviso errado- susurrei pra ela.
Cecí: uma parte de mim morre toda vez que voce sai de casa Brian- levantou a cabeça me encarando.
Seus olhos grandes estavam vermelhos por conta do choro e seus cachos caiam no rosto grudando com as lágrimas.
BR: você tem que se acostumar Cecí, essa é minha vida- falei a abraçando e deitando sua cabeça em meu ombro.
Cecí: eu não posso me acostumar com o fato de você ser bandido e todo dia por sua vida em risco- disse baixo.
Afaguei seus cabelos cacheados e macios.
Cecília era tudo pra mim, nunca iria me perdoar se a perdesse!
Nem sempre eu demonstrava amor, mas ela sabia que a amava e faria de tudo por ela.
BR: um dia tudo isso passará e nós vamos nos sentar em uma rede, lembrando de todas nossas loucuras- falei sorrindo e ela balançou a cabeça concordando- tenho algo pra te contar Cecí- falei fazendo ela me encarar.
Cecí: aconteceu alguma coisa amor?-perguntou curiosa.
BR: vou ser direto- disse e ela concordou- eu não vou poder te fazer ter filhos- falei abaixando a cabeça- quero saber se você está disposta a adotar um pivete ou uma menina- fui direto ao ponto.
O medo da resposta dela ja estava estampado, eu sei que ela nunca me largaria, mas isso era uma decisão séria.
Continuei de cabeça baixa esperando a resposta que estava demorando e me agoniando.
Cecí: pode ser uma menina?- perguntou me espantando.
Levantei a cabeça encarando Cecí que sorria toda boba.
Eu sabia que ela não me desapontaria nunca.
Cecília era minha família.
Levantei do chão do banheiro a puxando junto comigo, assim que ela se levantou, colei meu corpo no dela, dando um beijo quente e prazeroso.
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A zona da minha vida [Morro]
Teen Fiction"Uma vez uma colega me disse que eu era a pessoa mais especial que ela conhecia exatamente por isso, por usar dos meus pensamentos, por mesmo em meio a tempestade conseguir achar a minha calmaria, em meio a zona da minha vida" Em meio às desilusões...