Cápitulo 74

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"Você sabe o que sinto.
Eu sou apaixonado por você.
Sou apaixonado já há muito tempo e não consigo imaginar outra pessoa com quem desejo passar o resto da minha vida." (Everwood)
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Ls narrando

-Lua: vem pro hospital correndo- disse rápida e desligou antes que eu dissesse algo.

Ls: precisava mesmo desligar na minha cara?- me perguntei.

Logo eles vieram na minha mente o que fez com que eu me apressasse e começasse a rodar a casa atras das chaves.

Todos os dias desde que ela entrou naquele hospital eu os visitava sempre, toda hora, todo dia... até fiz amizades com as enfermeiras.

Achei a chave em cima do sofá da sala, abri a porta e sai já entrando no carro.

Comecei a descer o morro rápido, não tinha tanta gente na rua o que facilitava minha vida.

Desde o acontecido, js não tinha me procurado ainda! Eu também não fui atras, mas se algo acontecer com eles eu nem sei o que fazer.

Não consigo sentir raiva dele, talvez decepção seja o que me resuma, mas raiva não!

De um lado é minha família, do outro também...

Estacionei de qualquer jeito em frente ao posto e desliguei o carro, desci e já fui entrando.

De longe vi minha mãe, Cíntia e Isis conversando. Me aproximei delas, tia Cíntia tinha a cara inchada, parecia ter chorado bastante.

O que já não era novidade né, mas dessa vez ela não tinha expressão de tristeza, muito pelo contrário.

Estava feliz.

Ls: o que aconteceu?- perguntei estranhando.

As três me olharam com um sorriso maior do que a boca, o que me deixou mais assustado.

Raissa: vai lá no quarto meu filho- respondeu sorridente.

Não questionei, somente fiz o que ela me disse.

Caminhei até o quarto e respirei fundo pensando já em ver ela dormindo naquela cama, era sempre um sofrimento!

Abri a porta e entrei.

Lua estava na frente do seu rosto, o que fazia meu coração ficar sem saber o que fazer.

Ls: o que aconteceu Lua?- perguntei calmo.

E então ela me olhou e sorriu, sorriu como eu não via a alguns dias! Ela logo deu espaço e eu a vi.

Acordada.

Não sei se pelo calor da emoção, eu só consegui sentir meus olhos se enchendo de lágrimas.

Ela tinha voltado.

Bianca me olhava sorrindo, dos seus olhos também saiam lágrimas.

Caminhei cautelosamente até ela e parei na sua frente.

Eu não tinha nenhuma reação concreta.

Analisei todo seu corpo desde os fios de cabelos até os dedos dos pés.

E então eu praticamente me joguei em cima dela. E talvez pela falta dela e do amor que eu sentia, eu a abracei e deixei que as lágrimas saíssem desenfreadas!

Luan: eu não acredito que você voltou meu amor- disse com a voz embargada.

Bianca: eu sempre estive aqui meu amor- respondeu chorando.

A soltei e a olhei novamente, era como se a qualquer momento ela pudesse evaporar da minha frente!

Talvez isso fosse amar. A falta que a Bianca me fazia era uma coisa destruidora.

O que eu sentia por ela era enorme! Era um amor que não cabia no meu peito.

Bianca: e o bebê?- perguntou me tirando dos desvaneios.

Ls: ele está bem- respondi calmo- mas vai ser mais fácil com você aqui, você mesma me ajuda a cuidar- disse e a selei com um beijo.

Como eu senti falta dela, do beijo, do toque.

Bianca: quando vamos poder fazer a ultrassom?- perguntou animada.

Ls: ainda não sei amor, mas acho que se o médico concordar amanhã mesmo nós faremos- respondi.

Ela concordou com a cabeça e me puxou pra mais um beijo, que por acaso foi interrompido com a tropa que a gente chama de família.

A zona da minha vida [Morro]Onde histórias criam vida. Descubra agora