Capítulo 57

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"Tudo vai dar certo no final"

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Bianca narrando

Ter amigos mais chegados do que irmãos é uma coisa tão boa.

A falta que Lua me faz é enorme.

Nosso elo vai muito além de uma simples amizade.

A saudade dela me angústia, não saber notícias dela me faz ficar com tanto medo da vida.

Isso me faz ter medo de ter meu filho em meus braços, como vou criar uma criança para o mundo?

Eu não tenho nenhuma vontade de criar meu filho nesse mundo tão perigoso.

Me assusta o fato de que ele tenha que viver em um lugar onde ocorre tanta desigualdade e falta de amor pelo próximo.

Como ensinar a uma criança o certo e o errado com ela presenciando tudo isso no dia a dia?

Vai ser difícil e isso me assusta.

Todos me ajudam de todas as formas possíveis.

Mas eu sinto falta dela aqui para poder contar nossos segredos, queria que ela estivesse aqui pra ver o afilhado se mexendo.

Sim, meu bebê já se mexe e sim, ela será a madrinha sem dúvida alguma.

Não conseguimos ainda ver o sexo, nao estou com cabeça pra isso, quero fazer tudo isso com Lua ao meu lado.

Eu não sei porque, não sei se é coisa da minha cabeça ou algo do tipo.

Mas a alguns dias atrás eu sonhei que a Lua estava grávida, ela estava com medo de algo, parecia estar em um quarto ou algo do tipo.

Fiquei muito assustada depois desse sonho, mas acho que só sonhei com isso porque estou pensando muito nela.

Terminei meu almoço e me levantei da mesa indo em direção ao banheiro. Fiz o que tinha que fazer e logo saí.

Me sentei no sofá e liguei no canal de notícias.

Algo dentro de mim dizia que Lua estava em alguma favela e todos os dias eu ligava o jornal pra ver se passava algo sobre invasão.

Alisei minha barriga e abri um sorriso ao sentir o neném se mexendo.

Bianca: a mamãe promete te proteger eternamente- murmurei baixinho.

A gravidez não era tudo aquilo que as pessoas me diziam.

Não era aquele mar de rosas, mas era prazeroso.

Os enjoos que não passavam, as vontades de ir ao banheiro de um em um minuto, não conseguir uma posição confortável para dormir, as dores que sentia quando o bebê se mexia. Nossa como isso era horrível.

Não era nada do que eu sempre acreditei. Mas eu sei que tudo vai valer a pena quando ele estiver comigo.

Ouvi um barulho atrás de mim e virei de costas vendo Luan.

Bia: oi meu bem- dei um selinho nele- tudo bem?- perguntei.

LS: bem não ta nao né, mas vamos levando- respondeu suspirando fundo- e com você, tá tudo bem?- perguntou e concordei com a cabeça.

Bia: BR me mandou uma mensagem avisando sobre as suspeitas de vocês- disse chamando sua atenção- espero que dê tudo certo, quando encontrarem a Letícia eu vou fazer questão de matar ela- disse com raiva.

Ls: calma aí mocinha- segurou meus ombros- não esquece que tem um guruzinho que precisa de seus cuidados- disse sorrindo.

Bia: incrível como você insiste em dizer que é um guri- disse revirando os olhos- vou rir muito de voce se for uma menina- sorri pra ele que serrou os olhos.

Ls: você vai ver que estou certo- disse revirando os olhos.

Dei de ombros e continuamos a conversar até o celular dele tocar e ele conversar rapidamente, logo desligou e pegou a arma na mesinha.

Ls: preciso ir amor- disse apreensivo.

Bianca: ué, você chegou agora- choraminguei- vocês vão aonde?- perguntei curiosa.

Ele me encarou quieto, parecia pensar se me contava ou não.

Ls: nós descobrimos onde a Lua está- disse e me levantei do sofá num pulo- estamos indo buscar ela- disse.

Luan rapidamente beijou meu rosto e logo saiu sem dizer um A.

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