Menor narrando
Desci da moto sem estacionar direito e empurrei a porta da casa entrando.
O bonito estava sentado no sofá fumando.
Não sei o que deu em mim, tinha que lembrar que ele era meu amigo, mas o meu ranço por ele estava enorme.
Menor: você ficou doido seu otario?- perguntei o puxando pela gola da camisa.
Js: você tá ficando doido menor?- retrucou nervoso.
Menor: doido tá ficando você seu parasita- respondi o encarando- onde você estava com a cabeça pra empurrar ela?- perguntei com raiva.
Js: eu não mandei ela se meter na minha frente- respondeu.
Menor: foda- se!- devolvi nervoso- você é tão babaca que nem pra ajudar a mina você serviu! Ela é a mulher do seu amigo seu maluco- disse e dei um tapa na sua cabeça.
Js: você não vai entrar na minha casa e ficar tirando pra cima de mim não!- disse apontando o dedo na minha cara.
Menor: a vou não?- perguntei debochando- você está tão acabado quanto os noiados da boca! Olha pra você, tá perdendo sua família toda seu merda- disse.
Js: eu não estou nem aí pra nada- respondeu dando ombro- tudo isso é culpa dela!- disse.
Menor: culpa dela?- perguntei irônico.- você engravida a mina, ela foi sequestrada por sua culpa, você quase matou melhor amiga e o afilhado, ainda diz que a culpa é dela?- perguntei quase voando em cima dele.
Js: eu não fiz por querer caralho!- respondeu.- ela me largou aqui, eu tô assim porque dela!- disse tentando justificar.
Neguei com a cabeça e o encarei.
Cheguei perto dele e disse no seu ouvido.
Menor: você não ficou sozinho antes porque você tinha pessoas que gostavam de você, mas agora você está sozinho e vai sofrer as consequências de toda merda que você mesmo tem plantado!- disse e sai da casa batendo a porta com força.
Respirei fundo tentando me acalmar e pensando se tinha dito tudo que eu queria.
Montei na moto e disparei em direção ao postinho.
Meu humor não era dos melhores.
Eu que sempre segurei o mundo dos outros estou deixando o meu cair!
Parei em frente ao posto, estacionei a moto e desci.
Entrei no posto e caminhei até a sala de espera e vi todos ali.
Lua estava deitada no colo da mãe que passava a mão em seus cabelos, Ls estava sentado na cadeira a cara dele não era muito agradável, Cíntia estava em pé escorada na parede era difícil decifrar o que ela sentia, tia Raissa estava sentada na cadeira com o pensamento longe...
Suspirei fundo e caminhei até Luan.
Sentei na cadeira ao seu lado tentando saber o que falar. Mas a verdade é que naquele momento somente o silêncio iria ajudar ele.
Menor: já deram notícias?- perguntei baixo.
Ls: ainda não- respondeu calmo.- essa espera está me agoniando- disse.
Menor: vai ficar tudo bem parceiro, eles são fortes.- disse esperançoso.
Ls: você já sabe quem foi né?- perguntou óbvio.
Menor: acabei de voltar de lá- respondi e ele me encarou- só a vida vai mostrar pra ele o quão estupido ele está sendo- disse e suspirei.
Ls: se acontecer alguma coisa com eles, eu juro que mato esse maluco- disse bravo.
Concordei com a cabeça e cruzei os braços.
Virei a cabeça pro lado e vi vários enfermeiros entrando pra sala de emergência. Uma aglomeração enorme.
Encarei Luan que estava com uma cara tão assustada quanto a minha.
Todos olhavam pra mesma direção.
Levantei da cadeira de pressa e fui até a recepção.
Menor: moça, o que está acontecendo?- perguntei preocupado.
A mulher me encarou com uma cara nada boa e suspirou.
Recepcionista: parece que uma jovem grávida está tendo uma parada cardiorrespiratória.- respondeu.
Arregalei os olhos ao escutar aquilo.
Olhei pra trás e vi o médico indo na direção de onde todos estavam.
Senti um aperto horrível no peito, meu coração parecia querer saltar do peito.
Neguei com a cabeça e fui até eles.
O médico não estava com uma cara muito boa.
Médico: parentes de Bianca Cardosos?- perguntou olhando a prancheta.
Todos concordamos com a cabeça. Ele então fez um sinal negativo e suspirou.
Médico: eu sinto muito em informar, mas a paciente teve uma parada cardiorrespiratória- disse e até aí já se via o pavor nos olhos de todos- fizemos tudo que podíamos fazer, mas a paciente entrou em coma- disse.
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A zona da minha vida [Morro]
Подростковая литература"Uma vez uma colega me disse que eu era a pessoa mais especial que ela conhecia exatamente por isso, por usar dos meus pensamentos, por mesmo em meio a tempestade conseguir achar a minha calmaria, em meio a zona da minha vida" Em meio às desilusões...