10 ▪️ Balada

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— Já está pronto? — bati na porta do banheiro. — Depois você fala que eu demoro.

Escuto a água do chuveiro parar e depois o box abrir. O filho da mãe ainda estava no banho. Vou até o quarto ver que horas era.

América vai está aqui daqui quinze minutos e ela é sempre pontual, diferente que eu, quando é pra está no lugar, eu ainda estou saindo do banheiro.

Calço meu tênis que tinha separado, pego um perfume na prateleira e por fim dou um jeito no cabelo. Shawn entrou no quarto já com sua calça preta e enxugando os cabelos.

— Tenho quanto tempo? — ele fala colocando a toalha de lado e pega uma camiseta na mochila.

— Dez minutos. — olhei para o espelho e através dele enquanto Shawn colocava a camisa olhava para seu corpo.

Era impossível não olhar, não matava, mas a atração estava ficando mais forte e se apaixonar pelo seu melhor amigo é errado?

Peguei minha carteira e meu celular que estava carregando, espero que dure até o outro dia, Shawn calçava sua botina preta. Ele estava muito lindo e se eu elogiar ele o convencido vai se achar.

Seu celular começou a tocar e como estava amarrando a botina pediu para pegar seu celular na cômoda, peguei e olhei na tela e estava o nome da "Jasmine".

— Oi Jas. — ele fala concentrado em colocar o outro par — Não, não tô em casa. — ele se levantou indo ao espelho. — Sim, estou com Cam. — pega o pente e começa a pentear seus cabelos — Vamos sair... Não, fica tranquila. Tá bom. Beijos  e tchau. — ele desliga e guarda seu celular.

Estava curioso para saber o que ela estava falando, ela vai querer me matar de tanto que seu namorado fica mais tempo comigo do que com ela.

— Vamos. — Shawn me chama. — Ela chegou...

Descemos as escadas, fui dar tchau para minha mãe, eu não falei que iria em uma balada e sim em uma social.

— Toma conta dele. — minha mãe aponta para mim.

— Mãe! — falei alto.

— Pode deixar, tia. — o Shawn pisca para ela. — Nada vai acontecer com nos... Seu menino.

— Eu não preciso que cuide de mim. — cruzei meus braços e minha mãe deu risada.

— Vamos criança. — Shawn segura minha mão e me puxa, pois a América já estava buzinando.

Enquanto Shawn ia para o carro eu trancava a porta, deixei a chave no vaso e fui em direção ao carro.

— Quando eu falo que é às sete horas. É sete horas. — ela grita dentro do carro. — E não sete e um.

— Deixa de ser dramática. — entrei no carro sentando na frente.

— Eu? Dramática. — ela faz com voz de choro. — Mas garoto, cê tá um gato. — ela me elogia.

— E eu? — Shawn perguntou colocando seu corpo para frente.

— Você já sabe a resposta, convencido. — eu falo invés dela responder, ele volta satisfeito.

A América acelera, a casa noturna não fica tão longe, uns vinte minutos da minha casa, mas a avenida principal estava com trânsito, que fez a América xingar.

Eu não sabia como funcionavam as baladas, enquanto não chegava no lugar, cantávamos em voz alta, acompanhando a música que tocava na rádio. Como se fizéssemos uma performance dos nossos shows.

Agora entendemos o trânsito e o porquê, quando passamos em frente de um carro batido, o que fez a nossa alegria ficar em choque, tinha uns cinco corpos cobertos e algumas pessoas chorando ali no local. Isso mostra que devemos dirigir com consciência.

Best Friends || SHAMERONOnde histórias criam vida. Descubra agora