16 ▪️ Expulso do armário

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Prometi que não choraria mais, mas as lágrimas insistem em cair, ser forte para dizer aquilo foi o que me surpreendeu, eu estava no banheiro encarando o espelho, se eu chorasse na frente da América, ela iria dar um tapa na minha cara e me xingar muito.

Joguei uma água no meu rosto e sequei com os papéis, achei um milagre ter, já que nunca tem. Respiro fundo. Me sentia tão leve, tudo que estava preso na garganta foi embora. Eu tinha que fazer se não ia ficar preso nele.

— Estava chorando, né? — América estava encostada do lado da porta do banheiro, me deu um susto. — Nem tenta mentir para mim, seus olhos estão vermelhos.

— Está tão na cara assim? — perguntei.

— Está visível. — ela aponta para meu rosto. — Enfim, quero dizer que, você foi muito corajoso em dizer aquilo para o Shawn, sei que deve ter sido difícil quando as coisas se acalma e estou orgulhosa de você. — ela me abraça e eu a abraço mais forte. — Assim não, cacete.

Dei uma risada e soltei.

— Vamos embora. — ela segura minha mão — Hoje aconteceu muitas coisas, vou atualizar no meu blog de fofoca.

— Piranha. — mostrei a língua — Nem me fala que você tem um blog.

— Só se for piranha do amor. — ela faz um "Ok" com a mão. — Ué, você não me perguntou.

— E eu tenho bola de cristal que você tem um blog? — olhei incrédulo para ela.

— Você tem duas... — ela aponta para baixo e dá risada.

— Palhaça... — falei.

— Parabéns. — Jasmine estava aplaudindo em nossa direção. — Como você consegue ser tão ridículo Cam?

— Eu que faço a pergunta Jasmine. — América colocou a mão no queixo.

— Eu estou falando com ele e não com a vadia louca. — ela olha com desprezo. — Ele não sabe se defender sozinho não?

— Repete que você vai ver a louca rodar. — ela gira o dedo pelo alto. — E outra, se você bater nele, ele não vai poder bater em você, é para isso que eu sirvo, dar lição para bitch.

— Vadia louca. — Jasmine cuspiu as palavras.

Na hora escutei um "paff", Jasmine com a mão no rosto.

— Desgraçada. — Jasmine me empurra para o lado e avança na América.

América na hora cai no chão, fazendo maior barulho, enquanto Jasmine agarrava no seu cabelo, América fechou a mão para bater em seu rosto. Jasmine dava tapas que estalava e que devia doer. Eu não podia deixar minha amiga assim.

— Faz isso com ela não, maluca — então segurei a Jasmine e puxei para trás, que na hora ameaçou dar chute na América.

.

— Vem tranquila. — América chamava Jasmine para ir pra cima. — É por isso que deixamos de ser amigas.

— Chega. — gritou o Shawn. — Vamos embora Jasmine.

— M. Mas f. foi ela q. q. que come. meçou... — ela gaguejava

— Vamos Jasmine. — Shawn pediu mais uma vez.

— Vai embora mesmo. — América gritou quando ela começou a andar. — Ah, se um dia eu pego ela na vara. Ela vai ta ferrada na minha mão.

— O que mais pode acontecer hoje? — esse dia está cheio de intrigas. — Pode atualizar isso para seu blog.

— É claro, meu amor. — ela manda um beijo. — Vamos que eu vou te deixar na sua casa.

✴✴✴

— Obrigado pela carona. — beijei a bochecha dela.

— De nada, Cam. — ela sorri. — Vai estudar Biologia... anatomia humana, sei que no meio das pernas tem um paraíso.

— Vai se ferrar. — falei saindo do carro.

— Quero detalhes depois. — ela liga o carro. — E não me esconda nada...

— Não vai acontecer... — ela sai com o carro.

Entro em casa, o bom de ser filho único a casa sempre fica arrumada, antes de chamar o Cody, decido tomar um banho, mas envio o endereço para ele, diz que estará em quinze minutos, então dá tempo tomar banho.

Escolhi uma roupa pra ficar em casa mesmo, vivia só de calça e em casa sempre uso uma bermuda e uma regata, até mesmo fico as vezes sem camisa. Como vamos ficar na sala não teria nenhum problema. A campainha toca e eu desço correndo, abrindo a porta.

— Oi. — disse quase sem ar.

— Oi, demorei? — ele pergunta e eu balanço a cabeça que não, ele estava quase que nem eu, só que invés de está de chinelo, está de tênis.

— Entra. — dei espaço para ele entrar.

— Licença. — ele pede todo educado e eu sorri para ele.

— Quer um copo de água? — ofereci e ele recusou. — Certo, ali fica o banheiro, apontei e ali a cozinha... Vou pegar alguma coisa para nós comer durante o estudo.

— Okay. — ele fala. — Vamos estudar aqui?

— Sim. — ele colocou sua mochila no chão e foi retirando o caderno.

✴✴✴

— Eu não aguento mais. — Cody resmunga. — Peço arrego.

— Mais já? — falo. — Qual parte que você está com mais dúvida.

— Anatomia. — quando ele disse isso, fiquei um pouco em choque e lembrei da América.

— Em que você está com dúvida? — perguntei com receio.

— Muitas dúvidas da parte do corpo humano. — ele me encara nos olhos.

— Então eu vou ensinar você... É fácil. — eu pego o livro.

— Mas tenho que estudar de perto. — ele se levanta e tira o livro da minha mão, colocando na mesinha do centro.

Ele vem em minha direção, segura meu pescoço e encontra os nossos lábios, sua língua pediu passagem se encontrando com a minha, sua mão passeia em meu corpo, ele me deita no sofá e apoiou uma perna do outro lado do meu corpo.

Senti que ele iria tirar a camisa, mas acabei impedindo, seria muito cedo para isso, não que sexo no primeiro encontro seja errado, mas não o conhecia o suficiente. Então ficamos só nos beijos, ele coloca suas mãos dentro da minha camiseta e eu fazia o mesmo, seu corpo era normal, porém, definido, dava pra sentir as linhas que marcam sua musculatura.

— Cam, cheguei mais cedo hoje, vou resolver uns problemas de documentação. — escuto o barulho da porta se fechando. — Que merda é essa? — empurrei Cody para o chão. Meu pai me olhava pasmo.

—Pai? — eu não sabia o que fazer na situação.

✴✴✴

Hey,

Que climão, agora... Cam, caiu pra fora do armário.

Que foi isso produção, mais um? Procede?

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Beijosss

Best Friends || SHAMERONOnde histórias criam vida. Descubra agora