Capítulo 5

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A ameaça da própria filha fez Jorge caminhar devagar até Vallentina e o silêncio reinar, Maysa sabia o que significava o olhar que se transformava a frente de todos. Lia por sua vez sabia todas as desconfianças de sua chefe quanto a sinceridade de seu pai.

-Senhora... - a voz de Bruno quebra o silêncio, mas pai e filha estão se encarando e uma arma ainda está destravada fazendo todos ainda estarem tensos pelo o que poderia acontecer. -Senhora... - o rapaz a chama pela segunda vez, mas não recebe resposta alguma para prosseguir com o que deveria falar antes de acontecer algo que ela poderia se arrepender depois. -Senhora Seaman... - pela pronúncia de seu sobrenome e seu tom de voz, sentiu ter que olhar para o rapaz. -A senhora tem que vir comigo! - ele foi delicado nas palavras fazendo Lia agradecer por faze-la abaixar a arma e não agir pelo sangue. Ela assente para o rapaz e aponta com a arma para que Lia fosse a frente, que ela estaria logo atrás.

-Não, eu vou com a senhora! - Lia fala ainda movida pelo que estava acontecendo.

-Ok! - coloca sua arma de volta a sua perna e da uma última olhada em seu pai, aquele assunto ainda não teria terminado. -Vamos! - começou a caminhar junto a garota em direção ao rapaz que esperava ereto e com as mãos para trás.

Bruno vai à frente entrando na sala de vigilância da empresa, mas Vallentina fica para trás barrando a entrada do próprio pai que começou a se irritar com o modo que sua filha começou a lhe tratar.

-O que está havendo, Vallentina? - ele pergunta exigindo uma resposta.

-Cansei de fingir que acredito nas suas mentiras! - o senhor a sua frente franze o cenho e respira fundo.

-Omitir algo que possa lhe fazer mal, não é uma mentira... - ele da um passo para trás. -É proteção! - se afasta deixando-a fita-lo ir embora.

Vallentina se volta para a sala vendo Bruno abrir gravações de vigilância de sua própria sala, então avistam Maysa trocando a lista de convidados. Sua irmã ficou inquieta, ela havia contado que sabia sobre Carlos, mas não contou que seu cunhado também era um Puertas.

-Aumente o som, Bruno! - o rapaz assente aumentando o que seu cunhado e sua irmã falavam dentro da sala.

-Não aguento mais, Maysa! A Valente tem que saber de Carlos e como ela perdeu a memória de verdade... - Renato apoia suas mãos na mesa fechando os olhos. -Depois que meu irmão descobriu que sua irmã assumiu a chefia da sociedade, ele quase fez besteira... Se não fosse por Charlotte, acho que ele teria chutado o pau da barraca e teria ido atrás de seu pai! - Maysa fita seu próprio noivo e sorri de lado.

-Meu cunhado é forte, pelo amor que ele tem pela minha irmã, ele não vai estragar tudo, ainda mais agora que ela vai ver ele... - ela da a volta na mesa ficando de frente a Renato e sorri abertamente. -Nosso plano vai dar certo, confie em mim, amor! - ele assente recebendo um selinho de Maysa.

Os dois saem da sala da presidente e o silêncio reina, na sala de vigilância todos estão calados, ninguém ousou respirar, não sabiam como seria a reação dela. Todos tinham medo como seria o primeiro encontro e como seria quando soubesse a verdade, que seu pai a separou do homem que a ama mais que a própria vida, arriscando estar debaixo do mesmo teto de Jorge Borais, seu sogro.

-Qual é o plano? - Lia sorriu internamente, sua chefe sempre foi imprevisível, mas quando se referia a esse homem, ela se tornava uma mulher diferente.

A menina viu como foi a conversa rápida na festa e ao mesmo tempo intensa, nunca havia visto Vallentina com ciúmes, e ficou feliz dela sentir isso finalmente.

-Não vou perguntar novamente... - Bruno desligou tudo e se levantou se colocando ao lado da garota. -Quero saber qual seria o plano para fazer eu entender toda a verdade! - Renato fita sua noiva e assente, era a mulher que havia conhecido a quatro anos na casa de sua mãe que falava nesse momento, não a presidente da empresa.

A Volta - Coleção HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora