Capítulo 13

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Semanas se passaram e os preparativos haviam começado, os homens não se aguentavam mais ouvir sobre o assunto, Carlos estava feliz acima de tudo aquilo, aguentar os preparativos era uma das etapas que o levaria a colocar a aliança no dedo de sua amada.

-Tia! - Marcelo corre até Vallentina enquanto a mulher vê Charlotte logo atrás com a cara fechada.

-O que houve? - ela pergunta vendo que a menina de apenas quatro anos podia ser tão brava quanto a mãe quando lhe irritavam por demais.

-Ele quer brincar de lutinha, mas não aguenta apanhar! - a mulher sorri ao perceber que as aulas de fonética que andava dando a garota estava funcionando, sua dicção melhorava cada vez mais.

-Como assim? Quem tem quatro anos aqui é ela, Marcelo! - o garoto sai de trás da tia e cruza os braços.

-Eu achava que ela era fraca! - o garoto admite inconformado com tal afirmação.

-Não sou! - a garota empina o nariz.

Vallentina da risada com tal situação, ela já desconfiava que os genes dos pais vieram em peso na garota, já Marcelo demonstrava realmente ter o sangue Puertas, tudo com ele era no soco, na luta, mas dessa vez ele não conseguiria enfrentar a prima de consideração.

-Você vão casar ainda! - a voz de Carlos faz a garota dar um sorriso enorme e correr até o padrinho que a pega de prontidão.

-Eca... - Marcelo coloca o dedo na boca demonstrando repulsa. -Eu nunca ficaria com ela... é uma irmã para mim! - o garoto se aproxima do tio. -E da para largar ela, estão grudados demais para meu gosto...

-Sou o padrinho dela, garoto, mais respeito! - o menino semicerra os olhos enquanto a tia somente observa a situação inusitada do menino com ciúmes da menina com o próprio tio.

-Pode deixar que eu mesmo posso protegê-la, não precisa se preocupar! - o menino cruza os braços tentando mostrar que já era grande o suficiente para proteger a garota. -Ande Charlotte! - a menina revira os olhos.

-Pode me descer tio? Preciso ter uma conversa muito séria com o mini plojeto de homem... - Vallentina não se aguenta e solta uma gargalhada, mas o garoto não achou graça do que ela disse.

-Não sou mini projeto de homem, Charlotte... - sua feição suaviza como se tivesse se magoado.

-Você é mais forte que isso... - a garota é colocada no chão. -Não me venha com sentimenta... - Charlotte para de falar e fita a mulher que ultimamente se tornara sua professora.

-Sentimentalismo? - a garota assente quando Vallentina finaliza sua frase.

-Isso! - ela se aproxima do menino e pega em sua mão. -Vamos brincar, não quero que você chore achando que eu queria te magoar... - então saem correndo do escritório de Vallentina.

Carlos observa as crianças saindo do local e sorri abertamente para a amada.

-Tenho uma coisa em mente! - ela franze o cenho e se encosta em sua própria mesa cruzando os braços. -Quero que sua primeira vez seja em nossa lua de mel... - ele se aproxima segurando em sua cintura e colocando-a sentada no móvel. -Ou você quer antes? - ela segura em seus ombros e inconscientemente morde o lábio inferior.

-Ok! Gostei da ideia! - ele sela seus lábios sorrindo e a fita nos olhos. -O que foi? Está tudo bem?

-Sim! - ele sorri maliciosamente. -Desde que entrei na sua casa a cinco anos atrás, eu não me deitei com nenhuma mulher! - ele torce a boca. -Quando você perdeu a memória eu achei que nunca mais nos viríamos novamente, então tentei me aproximar de mulheres, mas... - Vallentina arqueia a sobrancelha.

A Volta - Coleção HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora