Capítulo 19

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Maysa estava sentada em uma poltrona vermelha ao meio da sala de treinamento, os dois senhores de vermelho em pé logo atrás dela, a frente da mulher grávida e com os olhos assustados estavam Charlotte e Marcelo em pé e sérios, havia um homem de terno preto que estava fazendo a fotografia que seria colocada ao quarto do bebê quando fosse levado, cujo local já estava montado, havia uma senhora que iria ser a babá do bebê, e somente estava faltando o nome da criança.

A foto foi tirada, logo Anna estava conduzindo Maysa de volta seu quarto, com a data do parto se aproximando, eles não queriam que ela ficasse muito tempo com aqueles senhores.

-Tenho que arrancar a cabeça de cada um... - a voz da senhora Puertas ecoa pela sala de treinamento fazendo os lideres russos se curvarem para ela. -Nem na minha própria lua de mel, posso ter paz? - ela caminha rapidamente com seu marido logo atrás e com sangue nos olhos.

O casal mal pode aproveitar o tempo juntos, logo receberam uma carta diretamente de Anna com o carimbo da liderança russa dizendo que estavam na mansão Seaman para acompanharem o nascimento do garoto, mesmo que ainda faltasse um mês e exigiam a presença da herdeira e a portadora legítima da chave mestra. Anna ainda conseguiu enviar a carta pela razão que matou um dos homens que iriam pegar sua filha quando viram que ela não chamaria Vallentina no momento exato que o avião pousou. Marcelo conseguiu esconder Charlotte e com a orientação de seus pais, ele somente deveria trazer a garota de volta caso a senhora Puertas estivesse dentro da mansão.

-Levantem... - sua voz autoritária fez os senhores a fitarem, logo franziram a testa ao verem que ela estava com um vestido de alça fina, e seu cumprimento batia no meio de sua coxa fazendo os lideres olharem para o chão, ela estava descalça. -Exatamente quando estou pronta para passear com meu marido pelas praias cristalinas...

-Senhora... - um dos senhores abre a boca também vendo que ela estava com um chapéu de praia.

-CALE SUA BOCA... - ele volta a fitar o chão. -Minha paciência já acabou, não sei mais o que faço, vocês tem sorte de eu não ter queimado o livro negro e ter acabado com toda essa palhaçada... - ela tira seu punhal gravado com o símbolo da sociedade de trás de suas costas e aponta para o outro líder. -Não ouse abrir essa sua boca ou se mover... - ela caminha devagar até um dos seguranças e passa em sua traqueia fazendo o mesmo cair jorrando sangue que escorre até atingir seu pé branco.

Vallentina volta devagar até seu marido, tira o chapéu, faz um coque rápido com seu cabelo, se vira para os líderes e sorri.

-Lia! - a garota estava parada logo na entrada séria junto a Bruno que segurava a chave mestra. -Feche tudo... - a menina assente.

O casal sai do local, coloca a chave ao lado da grande porta e gira fazendo as letras de metais pesados se virarem e se encaixarem uma na outra trancando a porta e o coração da menina se apertar, teria que chamar a limpeza especial quando tudo acabasse. Então Lia e Bruno subiram pela escada de metal, chegaram no salão de entrada da mansão colocou sua digital na mesa de centro e o chão se fechou deixando Vallentina, Puertas, os líderes russos e a escolta deles trancados naquele lugar.

-Você trancou eles? - Maysa pergunta no topo da escada. -Mas não eram os líderes? - Lia nega pegando a chave de Bruno e colocando no próprio pescoço.

-Vallentina disse para eu guardar esse segredo a menos que eu precisasse tranca-los na sala, então poderia contar o que está acontecendo... - Maysa franze o cenho tocando a barriga.

-Do que está falando Lia... - a garota aponta para o escritório e todos assentem.

Lia foi a mesa de sua chefe, abriu um fundo falso dentro da primeira gaveta a direita e tirou uma carta, esperou que todos houvessem se ajeitado, abriu a folha onde começou a ler.

A Volta - Coleção HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora