Capítulo 18

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Regina pilotava o helicóptero no qual eram jogadas as pétalas, Vallentina é carregada pelos braços de Carlos fazendo-a dar risada e ser levada pelo tapete negro até a entrada da mansão. Lia sorriu nos lábios do noivo com a felicidade a mostra para todos que estava ao lado do homem que amava.

-Depois da assinatura em que Vallentina irá te passar a empresa, iremos para a cidade que mais sonhou visitar... - Lia assente ao ouvir Bruno sussurrar em seu ouvido e segurar sua pequena cintura colada ao seu corpo.

-Paris... - ela sorri abraçando o pescoço do marido.

Juntos seguraram as mãos e caminharam atrás de sua chefe sendo carregada pelo marido, todos sorriam, agora Vallentina não parecia ser a mulher rude e soberana de pouco tempo atrás, a primeira dama ainda sorriu, percebeu que fez a coisa certa em não continuar com a ideia de matar sua própria sobrinha, mas a sociedade ainda existia e todos os países e líderes estavam preocupados com o rumo de toda aquela situação, pois dali vinte anos um puro sangue voltaria e o medo estaria junto a tudo o que eles queriam, pois com o legítimos puro sangue de volta, a sociedade estaria na política, saúde, e todos os regimentos que governavam o nosso planeta, o mundo em que vivemos poderia se tornar pó se dependessem dele.

Porém hoje o sorriso da Senhora Puertas contagiava a todos, e por aquele momento ninguém pensava em mortes e em algum bebê que viraria o demônio em carne e osso. Vallentina foi levada ao salão de entrada da mansão onde ela, seu marido, Lia e Bruno foram direcionados para seu escritório, lá haviam muitos jornalistas, e câmeras por toda a sala, o contrato onde Lia seria a próxima presidente e seu marido o homem com quase metade das ações da empresa seria assinado.

-Bom dia a todos! - o silêncio se fez presente com o cumprimento de Vallentina que se colocou ao lado do tabelião sentado em sua mesa. -Lia, venha aqui, minha menina... - a garota sorriu de lado com o carinho que sua chefe estava lhe dando e se sentiu privilegiada, pois todos ali fizeram reverência a menina enquanto ela caminhava devagar e com elegância pelo local. -Com muita felicidade que hoje juntamente ao casamento, irei passar todas as minhas ações para Lia Macedo, e parte da sociedade que era regido por meu pai será passado a Bruno Macedo, seu marido daqui em diante! - então ela se abaixa para assinar a papelada e logo a garota e o marido também fazem o mesmo.

Não houveram palmas ou algo do tipo, somente sorrisos e muitos flashs enquanto Vallentina e Lia se abraçavam, então todos foram para a escada principal, Bruno estava do lado esquerdo, Lia ao seu lado um degrau a frente com sua chefe lhe abraçando pela cintura e Carlos atrás de sua esposa. O fotógrafo da empresa fez a foto oficial que estamparia os jornais e revistas de fofoca por todo o país.

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-A festa será de vocês, eu e Carlos iremos viajar, estou cansada e pela primeira vez posso não pensar em nada, somente curtir meu marido e minha folga... - Vallentina sorri ao desabafar para Lia o que estava sentindo.

Rapidamente a Senhora Puertas tira o vestido e troca por uma calça social, saltos e uma camisa de linho. Lia troca seu vestido de noiva por um vestido ainda branco porém mais leve.

-Está nervosa, Senhora? - Lia pergunta quando param uma na frente da outra para se despedirem.

-Talvez, mas Carlos sempre me acalma... - a garota da uma gargalhada.

-A senhora sabe do que estou falando, pois eu estalou aterrorizada... - Lia amassa seu cabelo pelo seu nervosismo enquanto Vallentina respira fundo sabendo muito bem do que a menina se referia.

-Na verdade não estou tão nervosa, pois escolhi a pessoa que estará comigo nesse momento, não conseguiria me entregar a qualquer outro homem que não fosse Carlos, e acho que o seu caso é o mesmo... - a senhora Puertas segura as mãos da menina enquanto ela cora somente em imaginar que o momento está mais perto do que esperava. -Fique tranquila, Bruno te respeita, ele será paciente com você... - Vallentina sorri. -E se ele não for, me ligue na mesma hora, eu arranco a cabeça dele se quiser... - a seriedade pela qual ela finalizou a última fala fez Lia engolir seco.

-Fique tranquilo, senhora! Eu e sua empresa estamos em boa mãos... - Vallentina sorri puxando a menina em um abraço apertado e as duas suspiram.

Pela primeira vez elas passariam um mês longe uma da outra, não teriam a companhia de conselhos e desabafos que somente entre elas existiam, agora cada uma tinha seu protetor e segurança para protegê-las.

-Com licença... - Carlos abre a porta do quarto vendo-as se soltarem com lágrimas nos olhos. -O nosso avião particular está pronto para a decolagem... - Vallentina assente dando um beijo na testa da garota e um último abraço.

-Qualquer coisa, você é a única capaz de me encontrar... - a menina sabia do que ela falava, e aquele segredo ali relembrado nunca seria descoberto.

-Fique tranquila, a chave será girada na hora certa... - aquela frase era a confirmação de que as duas ainda seriam ligadas e a lealdade entre elas nunca seria quebrada, não importava o que acontecesse a uma das duas.

Se soltam finalmente, Vallentina segura na mão de seu marido e caminha para fora do quarto em sua companhia, saem por trás da casa e vão em direção ao avião, os dois sorriram quando decolaram, agora seria o momento deles, não teria sociedade, brigas, acasos, armas e nem lutas, seriam somente Vallentina e Carlos, marido e mulher.

⚜️⚜️

O lugar onde ficariam era o paraíso e a tranquilidade no qual eles sempre quiseram, poderiam respirar sem armas por perto ou terem medo de alguém ameaça-los.

-Por aqui senhor e senhora Puertas o bangalô de vocês já está pronto... - a porta do local que parecia uma casa sobre o mar é aberto mostrando um quarto de casal.

Ao fundo uma porta de vidro levava a uma pequena varanda, onde havia uma mesa redonda e um guarda sol, logo mais uma pequena escada que levava ao mar onde Carlos já se via dando um mortal, ao meio do quarto o chão era vidro mostrando a água transparente deixando evidente os corais diversos no fundo do oceano, a recepcionista sorri entregando ao marido a chave do local e os deixou sozinhos.

-Amei tudo... - Vallentina desabotoa sua sandália e caminha descalça até o lado de fora do quarto, respira fundo e abre os olhos fitando o horizonte. -Posso descansar finalmente!

-Não vou deixar você descansar... - os braços de seu marido a envolvem por trás e deposita seu queixo em seu ombro também fitando o horizonte. -É lindo aqui, foi a melhor escolha nós termos vindo para cá! - Vallentina assente esticando seu braço para fazer carinho no rosto dele.

-Quero dormir... - Carlos sorriu de lado, sabia que ela queria descansar, finalmente eles estavam em paz, e tinha dúvidas se ela havia carregado para a lua de mel seu arsenal de armas.

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Na mansão Seaman tudo parecia estar indo bem, mas infelizmente não seria agora que a família poderia aproveitar uma festa, pois um avião negro pousou no local logo depois que Vallentina e Carlos decolaram, e dois senhores russos desceram com uma escolta, adentraram o salão e exigiram a presença da pessoa que carregava a chave mestra.

Anna desceu as escadas e dispensou todos os convidados.

-Viemos conhecer a mãe do puro sangue, já sabemos onde Vallentina está, não iremos fazer nada com a criança pois a herdeira deve estar presente no momento em que vamos levar os três daqui... - Anna e Ryan assentiram, eles sabiam das regras, mas somente avisariam Vallentina no outro dia, o casal precisava de paz por pelo menos um dia e uma noite.

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Bjs

A Volta - Coleção HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora