Capítulo 9

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Lia consegue sair do hospital e por incrivel que pareça há um carro esperando-a para leva-la para a empresa, mas o silêncio dentro do automovel a deixou desconfortável.

-Quem lhe mandou, Lucas? - a garota viu os olhos do motorista a fitarem pelo retrovisor.

-Estou vendo que sua chefe lhe proteje desse mundo mais do que eu imaginava... - o carro é jogado para o lado esquerdo desviando de um veiculo em alta velocidade e volta a via rapidamente e aumentando sua própria velocidade. -Não fique com medo, a senhora Seaman me deixou encarregado de protege-la caso precisasse! - a voz dele a faz arqueiar uma sobrancelha.

-Não estou endendo Lucas! - a garota pula para o banco da frente com agilidade assustando o rapaz que sorri de lado com a amizade franca que existe entre os dois. -Minha proteção! - ele assente.

-Você vai entender melhor na empresa! Quanto tempo ela disse que fechará a sala? - Lia colocou o cinto percebendo que a velocidade em que estavam era alta por demais.

-Uma hora! - ao pronunciar o tempo estipulado, o acelerador foi pisado fundo fazendo os carros em volta parecerem borrões pelo veiculos que se deslocava pela cidade com uma velocidade sobrenatural. -A policia...

-Essa e a vantagem de pertencer a sociedade Seaman! - uma viatura é ultrapassada e não há resquício de que serão seguidos.

-É horrivel! - ele balança os ombros concordando. -Bruno? - ela sussurra ao ver o rapaz a frente da empresa quando o carro freia bruscamente fazendo um barulho no chão.

O rosto de Bruno se ilumina ao ver Lia sair do veiculo fitando-o procupada, caminha até ele com Lucas logo atrás o que faz o rapaz fechar a cara.

-Sou somente um amigo, não comece com neura, cara! - Lucas levanta as mão em rendição sabendo o que se passa pela cabeça do colega de trabalho. -Ela está coma chave! - Bruno fita Lia que assente retirando a joia e lhe entregando.

-Ela disse que fechará a sala em uma hora! - o rapaz arregala os olhos, agarra a mão da menina e a puxa para dentro da empresa rapidamente.

Nessa noite de 25 de dezembro não havia funcionário, o que daria liberdade para fazerem o que fosse necessário para mexerem com a sociedade e não houvesse tantas perguntas.

Bruno entrou no elevador com Lia, Lucas os acompanhou com uma arma em mãos e ja destravou quando a porta abriu, o rapaz se aproximou do quadro onde a imagem era a presindente puxando a obra para o canto, colocou a chave mestra na fechadura e girou, a garota levanta as sobrancelhas ao ver a parede se mover.

-Vou ficar aqui! - Lucas sorri para a garota e fita Bruno sério. -Só deixarei passar os herdeiros, fiquem tranquilos! - o rapaz assente deixando a chave e puxando a garota para dentro antes da parede se fechar com pressão assustando Lia.

-O que está havendo, Bruno? - a menina estava assustada e o rapaz pode perceber isso pela sua voz.

Os dois caminharam pelo corredor até chegarem a sala das herdeiras, Lia fica surpresa com o que poderia ser escondido atrás de uma parede, mesmo se lembrando da sala de alvos na mansão, não sabia da existencia daquele lugar onde estava nesse momento.

-Quer algo para beber? - Bruno chama sua atenção com uma jarra de água. Ela assente e continua a andar pela sala observando cada detalhe.

-A mãe da senhora era linda! - a menina comenta ao ver o quadro pendurado e também visualizar a tatuagem, mas resolveu ficar em silêncio, já havia perguntas demais em sua mente, para querer saber mais isso.

-Sim! - o rapaz se aproxima com o copo de água e lhe entrega, que aceita de prontidão. -Pode perguntar o que quiser... - Lia fita o vidro em suas mãos e se lembra da imagem de Vallentina lhe abraçando.

A Volta - Coleção HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora