CONFESSE

Capítulo 2

"Ninguém deve se envergonhar por descobrir ter estado errado a vida inteira, isso significa que a pessoa está mais madura e mais inteligente hoje do que ontem._Johathan Swift"

°°°

Hoje o movimento da padaria estava a todo o vapor, todos encontravam-se em clima de festa já que amanhã é o aniversário da cidade e a inauguração do resort. Nem era meio dia e eu já sentia-me cansada de tanto trabalhar, fazer pão o dia inteiro cansa abeça e meu querido pai havia me dado essa tarefa como castigo devido ao pão que  queimei ontem, determinando que eu fizesse o dobro da quantidade de pães que eu estava acostumada a fazer.

Não o culpo, pois estamos passando por uma situação financeira um pouco ruim. Precisamos de dinheiro pra comprar mais maquinários e meu pai anda um pouco aflito com às dívidas que estão acumulando.

*Se eu pudesse adquirir uma fonte de renda capaz de ajudar ele eu faria.*

_Lucy pare o que está fazendo!_Meu pai fala entrando na cozinha onde no momento, eu estava colocando mais uma remessa de pães pra assar_Preciso que você compre isso aqui no mercado._Fala me entregando uma lista de compras.

_Pai, você sabe que não gosto de ir ao mercado_Falo cruzando os braços e meu pai abre um sorriso.

_Ah filha, só por causa do Sam, por favor!_ Fala passando a mão no avental.

Meu pai sempre gostou do meu ex namorado: Sam Claflin, eles sempre foram melhores amigos ever e ao terminar meu namoro com Sam, meu pai ficou muito chateado comigo e até hoje faz de tudo para que eu reate meu namoro com ele. Porém meu pai nem sabe o motivo do meu termino e nem sabe que eu só terminei o namoro por pura e exclusiva culpa do Samuel.

_Pai, não quero ir!_Falo resmungando_Não quero ver o Sam nem pintado de ouro.

_Mas você vai! Não deixaria um pobre velho como eu caminhar sozinho até o mercado, deixaria?_Fala e levanto uma sobrancelha_Quer que eu vá no sol? Estou cansaço filha e preciso ver os clientes aqui e garantir que o pão não queime novamente.

_Argh! Tudo bem pai, eu vou! Mas não pense que ficarei de conversas com o Samuel porque não vou! Pra mim ele morreu.

_Fai come vuoi!_Meu pai fala um pouco contrariado em italiano referente ao que se assemelha em português como: "Faça o que quiser" e coloca a mão no bolso tirando o dinheiro referente a compra e entregando em minha mão_Aqui está o dinheiro! Anda logo Lucy que preciso do que está escrito nessa lista o mais rápido possível.

_Já estou indo!_Falo tirando o avental e coloco o dinheiro no bolso.

Saí da padaria e resolvi andar pelo caminho mais longo até o mercado, já que esse caminho passaria pela oficina do Harry e eu estava precisando de uma "força psicológica" para encarar meu ex namorado novamente. Sempre amei o Samuel, o que mais gostava dele era a forma carinhosa com que ele me tratava na frente das pessoas, me divertia muito ao lado dele e eu compartilhava tudo da minha vida com ele. Começamos a namorar à uns cinco anos atras, quando eu ainda era muito jovem com 14 anos de idade, jamais pensei que aquele namoro iria terminar de forma tão desastrosa como terminou, Sam utilizou toda a ousadia que tinha e conseguiu me envergonhar da forma mais humilhante possível, jamais vou me esquecer do que ele me fez passar.

_O que está acontecendo ali?_Falo comigo mesma me despertando dos meus pensamentos ao olhar para a  oficina do Harry de longe. 

Na frente da oficina tinham três moças que estavam mantendo um diálogo "bem amigável" com o Harry. De longe pude perceber que uma delas estava mantendo "um papo amigável demais", com direito à umas passadas de mão pelo ombro dele e tudo na tentativa de se exibir para ele com aquele decote não muito grande mas que Harry vez o outra dava umas olhadas.