Capítulo 4 ✖

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× 2025, Aeroporto do Incheon, Coreia ×


— O maninho está dormindo?

— Sim, Mingyu... — sorriu S/N. — Ajudem-me com as malas, vamos! Essa criança fica cada dia mais pesada...

— Dê-me o maninho aqui. Deixe-me levá-lo para você.

  Ela entregou Hansol aos fortes braços de Mingyu, pegando a mochila - que antes estava com o mais velho - colocando-a sobre um dos ombros, enquanto Jun, Jeonghan e Minghao ajudavam com as três malas.

— Você parece triste. O que houve?

— Ah, Jeonghan... Estou triste por ir embora.

— Só por isso?

— Porque o Cheol não pôde se despedir da gente também...

— Ele está no Japão agora. A agenda dele está lotada. Sabe como é...

— Sim, mas eu queria tê-lo comigo agora, nesse momento de tantas mudanças.

— Quando que vão admitir que estão loucos de amor um pelo outro?

— Jeonghan! — deu-lhe um leve soco no ombro. — A gente não namora!

— É, mas ficou toda tímida quando falei isso!

— Noona. — disse Lee Chan, quase que num sussurro. — Me empresta sua carteira?

— Para quê?

— Me empresta.

— Ah... Tudo bem... Está dentro da mochila. Pode pegar.

  Entreguou-lhe a mochila, contraíndo as sombrancelhas, desconfiada de seu pedido tão repentino, principalmente vindo dele, que não dissera palavra alguma desde a chegada de S/N ao aeroporto, deixando sobressair apenas sua tristeza ao ver sua noona e dongsaeng irem embora.

— O maninho está cada dia mais crescido! Olhem como ele é bonito! Parece o... Vernon.

— Parece, parece sim. — engoliu a saliva a seco, dando um clima pesado à situação. — Se ele não fosse tão parecido, eu e Cheol poderíamos namorar e todos acharíam que é nosso filho. Seria menos doloroso ao meu Hansol.

— É obvio a qualquer um que Cheol te ama. Ele é doido por você, S/N. Essa não é uma paixão atual e sabe-se disso, mas se não o ama da mesma forma como ele te ama, não... Crie expectativas, sabe?

— Sei sim, Seungkwan. Só quero deixar as coisas acontecerem. Mas que eu gosto dele... Ah, isso é verdade. Só não sei se da mesma forma que ele.

— E vocês já se beijaram?

— Algumas vezes... Foram poucas. Não se iludam.

— E... Já passaram a noite juntos?

— Seungkwan!

— Vou considerar isso como um sim!

  Depois de meia hora, finalmente embarcaram. Ela, com a sua criança nos braços, com lágrimas nos olhos e um adeus sussurrado saindo de seus lábios. É óbvio que se encontrariam ao final do ano, talvez até num período quase que mensal, mas os sentimentos ruins continuaram em seu peito por inúmeros motivos que S/N não gostava de citar.

— Mamãe... Onde estamos? — mal conseguia abrir os olhos, um tanto zonzo por acabar de acordar.

— No avião. Vamos viajar.

— Estamos indo visitar o papai?

— Não, filho. Estamos indo visitar outra pessoa. Lembra do vovô Ming? Vamos morar com ele por um tempo.

Carpe Diem: Playground [pt.3] EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora