Capítulo 34

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Cheol e S/N não sabiam como castigar Hansol pelo ocorrido: se tirassem o celular dele, não poderia falar com Peter, aquele que ajudava os três; se tirassem o direito dele de ver a Lily, perderia contato com sua única amiga, além de namorada; eles estavam num labirinto sem saída.

Todos os dias, Hansol mentia sobre levar e buscar Lily nos treinos de futebol para encontrar-se com os mesmos garotos que, anteriormente, encontrara no banheiro da escola. O que, para eles, começou com um cigarro e depois maconha, agora já havia passado a algo mais elevado: LSD.

- Tá, mas... O que isso ai faz? - perguntou Hansol, de certa forma, preocupado.

- Cara... Pensa sair dessa vida de merda e ir pra um mundo perfeito, sem problemas, sem escola, sem aqueles professores chatos e a sua mãe reclamando no seu ouvido por qualquer porra. É isso que ela faz.

- A polícia não pode te prender por isso?

- Que se dane a polícia, cara! - exclamou, completamente fora de si. - Vai querer ou não?

- Vou.

- É a sua primeira vez usando LSD?

- É, mas eu já usei tabaco e... Maconha algumas vezes.

- Já levou porre?

- Pra caralho! Uma vez passei a noite toda num lugar que nem lembro mais onde era!

- Isso ai, garoto! Toma, pega logo! Tem uma gostosa me esperando ali, não quero perder tempo com um cara, a não ser que você queira se juntar a nós...

- E-Eu...

Ainda hesitando, ele estendeu a mão vagarosamente para pegar a seringa. O lugar onde eles estavam era escondido da polícia, das pessoas. Lá, aqueles adolescentes bebiam, usavam das mais pesadas drogas, faziam sexo com outras meninas da escola e tudo aquilo que a cabeça rebelde de Hansol queria provar só para, de alguma forma, afetar a mãe dele por mais puro rancor.

Um carro prata parou à frente do local, fazendo os meninos ficarem atentos. E qual foi a surpresa deles quando o professor Ted saiu do carro, furioso. Ele, sem mais nem menos, pegou Hansol pelo braço, levando-o para perto de seu carro.

- Eu já disse que não quero você perto desse tipo de de gente! Você tem problema de memória? - exclamou, bravo, pegando-o pelo braço.

- Que foi? Vai me jogar dentro do seu carro e me levar para outro lugar contra minha vontade? Posso chamar a polícia e te denunciar por sequestro.

- E eu posso ligar para a polícia e te denunciar por uso de drogas! Quer ser preso?

O mais novo manteve-se quieto, entrando no carro do professor, que levou-o para casa rapidamente.

- Tá, me deixa ai. Essa é a minha casa. Não precisa vir falar com a minha mãe.

- OK. Se eu ver você junto àqueles garotos de novo...

- Eu já entendi. - bateu a porta do carro com raiva e, indo em direção à porta de casa, tocando a campainha.

Meu celular começa a tocar, dando-me um leve susto. Era minha mãe. Mal percebi ao ver que havia umas cinco ligações perdidas. Seja lá o que fosse, deveria ser importante.

- Hansol.

- Que, mãe?

- Hansol!

- O que tem eu?

- Não, Hansol é o nome do seu filho! Hansol Martins Chwe.

- Mas...

Carpe Diem: Playground [pt.3] EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora