Capítulo 28 ✖

72 11 44
                                    

{×××}

~ Um mês depois ~

O professor de filosofia tinha tirado o mês de férias, assim como Rimena, a professora de história do fundamental, que estava de licença à maternidade.

Era intervalo. Hansol e Lily estavam sentados juntos, a uma mesa pequena, no refeitório, apenas jogando conversa fora, como sempre faziam.

- As aulas de filosofia não são as mesmas, Lily. - comentou Hansol com sua namorada.

- Cara, hoje a gente nem tem aula de filosofia, OK? - riu. - Para de falar nisso todo dia! Esquece o Ted!

- Ele é uma das minhas figuras paternas. Tem tanta coisa acontecendo agora... Eu queria poder falar com ele!

- Ele já está voltando, amor. Fica calmo!

- Você... Quer ir lá em casa hoje?

- Tenho trabalho de física pra fazer na casa da Sarah. À noite eu estou em casa, se quiser jantar lá com sua família...

- Vou falar com eles.

- Olhe pelo lado bom, a professora de artes disse que vai passar um trabalho divertido para nós. Vai poder ocupar sua mente.

- É o que eu mais tô precisando agora.

O sinal bateu, anunciando o término do intervalo. Hansol e Lily, assim como os alunos da turma deles, foram à sala de Artes, onde passaram os dois últimos tempos falando sobre fotografia, a história desta e fotógrafos famosos.

O trabalho, devido ao tema da aula, não era nenhuma surpresa. Hansol, com uma mistura de ansiedade e nervosismo, mal via a hora de chegar em casa e começar a vasculhar as lembranças da família

{•••}


A pedido da professora de artes, que pediu a seus alunos para trazerem, na próxima aula, fotos e objetos que remetiam à infância deles, Hansol correu para casa, louco para revirar tais objetos que nunca ousou - ou até mesmo nunca teve interesse - mexer. Sua mãe, por outro lado, também nunca o deixou revirar aquela misteriosa gaveta que, quando mais novo, apelidou-a de "gaveta dos segredos".

Abriu a porta de casa, deixando-a entreaberta e correu ao quarto da mãe, vendo que estava sozinho em casa: Cheol, no mercado; S/N, voltando do trabalho, logo, sabia que deveria ser bem rápido.

Ele sorriu ao ver uma foto de si mesmo junto a seu amigo coreano que não conversava como antes há mais de dez anos; junto a seu hamster e aos seus hyungs, todos reunidos e sorrindo; uma cena que não via há meses por todos parecerem tão cansados e presos às suas rotinas estressantes e adultas.

Achou também algumas roupas e fotos dele recém-nascido. "Ah, como eu era feio quando bebê.", desabafou consigo mesmo. Em meio a lembranças que, ironicamente, nem se lembrava mais, achou um par de alianças entrelaçado numa fita vermelha, junto a um pequeno bilhete, com a letra de sua mãe: "Quando fomos ao Japão, uma senhora me disse que eu e você sempre estivemos unidos por um fio vermelho imaginário e que estávamos destinados a ser o amor da vida um do outro. À vista disso, Hansol Vernon Chwe, aceita ser o amor da minha vida para sempre?"

- Hansol Vernon Chwe... - sussurrou emocionado. - Então esse é o nome do meu pai. Hansol Vernon Chwe. - repetiu aquelas três palavras incansavelmente, lembrando-se das de sua mãe: "Seu nome, meu filho, carrega uma grande história. Um dia, quando você crescer, vai entender."

Desta vez, uma lágrima de medo caiu de seus olhos. Seu coração gelou, palpitou ao apenas imaginar que história seria essa.

- Não... Claro que não é isso. - riu de seu pensamento idiota, secando suas lágrimas. - Pare de pensar besteiras, Hansol!

Carpe Diem: Playground [pt.3] EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora