Capítulo 11✖

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- E como ele está na escola?

- Bem. Muito bem. Ele adora Matemática. Ah, como é bom com números, Mingyu!

- O maninho é inteligente. Vai ter um grande futuro. E você, como andam as coisas no trabalho?

- Tem sido bastante corrido por lá. Rose, minha madrasta, fica com Hansol até o entardecer, que é quando chego do hospital.

- Hansol não sente sua falta?

- A Rose traz as tintas e quadros dela para eles se distraírem, mas acho que não tanto. Ele já está acostumado. Quando chega a noite, assistimos aos desenhos dele, conversamos, jantamos juntos e depois dormimos. Tento compensar o tempo com ele, sabe, Mingyu?

- Sei sim.

- E as coisas lá na Coreia? Como estão?

- Lee Chan torceu o tornozelo e se afastou um pouco dos palcos, mas Jihoon tá lá cuidando dele. Fico menos preocupado sabendo que está sob os olhos de alguém. Fora isso, tá tudo bem.

- Sinto falta de lá! Final do ano, se tudo der certo, vou à Coreia passar um mês novamente!

- Vai ser bom a todos nós.

- Por que está tão sério? Vamos! Anime-se!

- Estou cansado. Ah, seu filho é hiperativo! Como não se cansa?

- Eu já me acostumei! - riu. - O almoço já está pronto!

- Fez comida coreana?

- Não. Sabe que a culinária coreana não é meu forte!

- Mas você cozinha muito bem! Amanhã eu cozinho para vocês!

- Por que não para o jantar? Não vamos fazer nada mesmo!

- Érr... Porque vou levar o Hansol para... Conhecer a praia!

- Oh... Ele realmente nunca foi à praia. OK, OK. Não traga-o muito tarde para casa!

- Não vou! Eu admiro muito a preocupação das mães. Antigamente eu achava isso tudo muito chato, sufocante e não via a hora de ser livre! Hoje, sinto falta de tê-la ali toda hora comigo. Essa vida de idol consome tanto o meu tempo... Mas sei que ela está orgulhosa de mim e todos nós! Espero que Hansol seja um bom menino, senão darei uns cascudos nele!

- Sua mãe é incrível e espero ser como ela. Vou chamar os meninos para comermos juntos.

- OK. Vou arrumar a mesa.

Ela secou as mãos rapidamente no pano de prato que estava sobre a mesa e correu para o quarto de Hansol, onde ambos estavam. Ouviu um baixo cantarolar de Cheol, como de uma música de ninar. Andou de forma mais lenta e menos barulhenta, tentando ouvir algo além da serena melodia.

Hansol estava dormindo ao lado de Cheol, que estava acordado, cantarolando ao mais novo. S/N assistiu àquela cena que, particularmente, sempre sonhou, contudo, com outra pessoa.

Deu um fraco sorriso, deixando de lado aquela saudade gigante que ainda insistia em sentir do Vernon, permitindo que seu coração fosse preenchido pelo amor que Seungcheol sentia não só por ela, mas pelo seu filho também.

Logo, ele percebe a presença dela, tomando um leve susto.

- Aish... Você quer me matar do coração?

- Desculpe-me. - riu fraco. - O almoço está pronto. Acorde Hansol para comermos juntos.

- Acordar? Enlouqueceu? Foi muito difícil de colocá-lo para dormir! - levantou-se cuidadosamente da cama, saindo do quarto e fechando a porta. - Esse menino não para! Brincamos de todos os jogos, com todos os brinquedos e... Ah, meus trinta e dois anos estão pesando agora!

Carpe Diem: Playground [pt.3] EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora