Capítulo 13 ❌

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- É... É aquela música sim, Rimena. Aquela que toca em todas as rádios.

- Canta pra mim!

- Não... - envergonhei-me.

- Sua voz é fofa! Vai, por favor!

- Sorrimos juntos. Choramos juntos. Estávamos juntos e todos nós sabíamos que seria para sempre. Talvez um para sempre finito. Talvez infinito. Talvez, talvez, talvez eu o amasse. Talvez seja um novo começo. Talvez, talvez, talvez... - cantei. - Ah, não lembro o resto!

- Tudo bem... Sabia que hoje faz alguns meses desde a primeira vez que viemos aqui, nesse barzinho?

- Eu não iria esquecer disso. Só queria que lembrasse.

- Por quê?

- Porque você nunca lembra!

- Nunca lembro?

- Nunca!

Ela sorriu, aproximando-se de mim.

- Você tem namorado... Melhor não.

- Desculpe-me. - engoliu a seco seu desejo já não mais jovial de beijar-me.

- Por que não termina com ele?

- Não é tão fácil quanto pensa...

- É só terminar!

- Eu quero terminar com ele, mas... Você não conhece o Kevin! Ele é...

- O que eu sou, Rimena? Eu quero que diga na minha frente! - exclamou um cara, aproximando-se de nós dois.

- K-Kevin? Meu amor, o que faz aqui?

- Quem é esse? Quem é esse cara ai que está com você?

- É um amigo. Ninguém de importante. Vamos para casa?

- O que você tá fazendo com a minha mulher?

- E quem disse que ela é sua?

- Ela é minha mulher! Ouviu bem ou vou ter que repetir? - gritava, dando-me a sensação de que, a qualquer momento, ele iria me bater.

- Abaixa o tom de voz. Estou do seu lado.

- EU NÃO QUERO NUNCA MAIS OLHAR NESSA SUA CARA DE PLAYBOY, TÁ ME ESCUTANDO?

- Você grita tão alto que se eu não escutasse...

- NÃO ACREDITO QUE ESTÁ ME TRAINDO COM ESSE MULEQUE, RIMENA!

- N-Não é traição, amor... Ele é só um amigo!

- UM AMIGO QUE VOCÊ IRIA BEIJAR?

- Quer saber? Sim! Eu iria - enfureceu-se. - Eu iria beijá-lo porque ele me dá valor! Ele me trata como uma mulher, não como um objeto!

Kevin enfureceu-se com as palavras dela. Eu sentia que ele estava perdendo a paciência e ficava cada vez mais nervoso.

- Eu já disse que você é minha! - segurou o pulso dela. - Vamos para casa! Iremos resolver isso lá!

- K-Kevin... - chorava. - Por favor!

- Eu disse para irmos para casa!

- Tudo bem... Eu estou indo... - olhou-me, pedindo por socorro.

As vozes deles tornavam-se distantes, ecos. Minha mente não estava mais ali. Eu não era mais o Ted, mas, ainda que por um pequeno momento, tornei-me o Hansol Vernon Chwe de novo.

~•~ Lembranças, tempo indeterminado ~•~


- Olhe para isto! Está vendo? Seu coração ainda bate! Você está vivo! Por favor, pare de tanta... Tanta... Melancolia!

Carpe Diem: Playground [pt.3] EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora