Pov Dakota:
Eu sempre penso que o fim de semana deveria ser bem maior do que realmente é, passou tão rápido, e sem grandes coisas, saí com a Vanessa e o Ruan no sábado, e domingo passei o dia com o meu pai, eu e ele somos muito ligados, sempre foi assim e depois que minha mãe sofreu o acidente que acabou levando sua vida, ficamos mais ligados ainda, meu pai sempre fez questão de se fazer presente na minha vida, mesmo trabalhando muito, domingo era o nosso dia, eu poderia até passar com algum amigo, desde que esse fosse para a minha casa, mas era muito difícil envolver algum amigo no meu domingo com o meu pai, era uma coisa nossa e eu gostava muito disso, mesmo sendo crescida eu contínuo achando o meu pai meu herói, ele coleciona muitas medalhas e prêmios de honra ao mérito por serviços prestados ao país, meu pai tinha o maior cuidado comigo, quase ninguém em seu trabalho sabia da minha existência, meu pai não ficava desfilando comigo em shoppings e locais públicos, desde pequena meu pai nunca fez isso comigo, ele sempre dizia que o trabalho dele fazia com que ele “colecionasse” muitos inimigos, e pessoas que dariam tudo para saber uma forma de atingir meu pai e ele jamais suportaria que alguém ousasse tocar em um fio de cabelo meu, e eu o entendia, meu pai já foi premiado pelo próprio presidente dos Estados Unidos, ele prendeu os maiores e mais perigosos bandidos, desde traficantes a assassinos e era por isso que eu tinha muito orgulho dele, ele tinha uma instituição de caridade, na verdade ele teve essa iniciativa de construir um local para atender ao menos favorecidos depois que minha mãe morreu, meu pai sempre falou pouco da minha mãe para mim, e o que ele falava era sempre muito superficial, ele não se aprofundava nos assuntos, eu via dor em seus olhos ao falar da minha mãe, por isso com o tempo acabei desistindo de perguntar, a única coisa que sabia sobre minha mãe era o que eu lembrava, e eu me lembrava de como ela gostava de ajudar aos outros, como todo fim de ano, ela me fazia separar brinquedos para dar as crianças que não tinham, então em respeito e consideração a memória dela meu pai criou a Instituição de caridade Carmem Stoel, era muito famosa, eu sabia que todo fim de ano acontecia um jantar com os maiores colaboradores, mas como sempre eu nunca ia, os únicos eventos sociais que eu aparecia ao lado do meu pai, eram os que aconteciam na minha casa com as pessoas que ele selecionava, mas eu sabia que tudo isso tinha um motivo.
Meu domingo com o meu pai foi bem tranquilo, ele me acordou fazendo cócegas coisa que ele sempre fazia, depois fomos juntos dar uma corrida pelo jardim, banho de piscina juntos, com muita diversão, eu e ele conversávamos muito sobre a faculdade e tínhamos um hábito muito interessante desde que decide ser advogada criminalista, ele me trazia alguns casos que ele pegava na Interpol, me fornecia todas as informações mas sempre omitindo o resultado final do relatório, então fazíamos a brincadeira eu tinha que julgar o caso com as informações ali presentes, e ver se conseguia acertar quem era o culpado e como tudo aconteceu, um jogo de detetive bem mais emocionante, meu pai não falava muitos sobre assuntos femininos comigo, lembro que quando menstruei pela primeira vez aos doze anos, ele chamou a médica ginecologista que me acompanha até hoje para me explicar tudo, falava sobre garotos bem raramente, mas todas as vezes que falava me advertia para escolher bem, que os caras só queriam uma coisa e todo aquele blá blá de pai ciumento e super preocupado, no começo quando eu comecei a crescer, ele tinha ciúmes do Alex, mesmo tendo visto a gente crescer juntos como irmãos, foi só quando ele viu Alex em algum lugar pegando alguém que ele desencanou, e viu que a gente se trata como irmãos mesmo, aí passou a não se importar as vezes Alex ficava comigo aqui em casa direto sem ninguém, dormia e tudo, nunca rolou nada e nem tinha vontade nem da minha parte nem da dele, éramos amigos mesmo quase irmãos. Depois da corrida, banho de piscina e conversas sobre a faculdade, fizemos o almoço juntos e depois passamos a tarde vendo filmes.
E aqui estou eu de pé novamente para mais uma segunda feira emocionante, deu para sentir o sarcasmo né? Com muita preguiça fui até o banheiro tomei um banho relaxante, sequei meus cabelos porque odiava ficar com eles molhados quando ia sair, e por serem pesados eles demoravam muito para secar, passei o secador rapidamente neles, porque se demorasse muito eles ficavam mais lisos que o normal, mais um dia de sol em Orlando, entrei no meu closet eu não era aquele tipo de garota que ficava horas para escolher uma roupa, tinha meninas que estudavam comigo que faziam desfile de moda, eu simplesmente procurava uma roupa que fosse me deixar confortável, e no calor eu era mais chata para achar uma roupa confortável, olhei e olhei, até que achei um vestido florido de amarrar no pescoço com as costas abertas, pronto perfeito para o dia de sol, ele tinha umas estampas coloridas então para combinar peguei uma rasteirinha dourada, deixei meus cabelos soltos e como estava com calor não passei nada de maquiagem, pois nesse calor elas iriam derreter e eu ia ficar com a cara toda borrada, me limitei a passar um glos simples, brincos pequenos, meu bracelete de sempre com um relógio, peguei minha bolsa e meu livro e desci, como sempre encontrei meu pai já uniformizado tomando seu café e lendo jornal.
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Ruthless ✓
ActionO quão pode ser perigosa uma atração? Quantos segredos uma pessoa pode ter? Dakota conhece uma realidade, mas não imagina o quão obscura sua vida pode ser. O passado no presente, que deixam reflexos no futuro. Poderá ela compreender e aceitar o q...