Doente

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Pov Narrador:

O dia nunca esteve tão bonito, mesmo depois de tantas descobertas e revelações,

Sophie se sentia tranquila.

O milagre do amor pode salvar qualquer um em qualquer situação.

Miguel e Sophie estavam ainda sentados sobre a grama olhando o dia, se passava um pouco das nove, o calor que o sol emanava era agradável aquele horário, Sophie tombou o rosto para cima curtindo aquele momento de paz, aquela alegria, que lutava para sair dela em um grito, mas ela reprimia à vontade ali, Miguel a observava e se sentia feliz, ela estava com os olhos fechados, as bochechas estavam com uma coloração rosada, provavelmente pelo sol que havia tomado e o beijo dado, ela mesmo sabendo que Alex estava de volta a Orlando, estava tranquila, e ele faria de tudo para que ela continuasse a se sentir assim.

Ele entrelaçou seus dedos nos dedos dela e ela os apertou, era tudo calmo, tudo feito com paixão e tranquilidade.

Ethan estava parado em frente a grande janela de vidro que dava acesso a parte dos fundos do jardim, onde Sophie amava ficar, ele sempre brincava com ela ali, mas agora era um rapaz que estava ali, sentado com ela e ela se mostrava tranquila em relação a ele, ele viu o primeiro beijo dela, e seus olhos lacrimejaram, faltava menos de uma semana para ela completar seus quinze anos, ela estava virando uma mulher forte, isso se já não fosse, ele queria tirar Miguel dali, gritar, o ameaçar, cortar aquilo que ele chama de reprodutor masculino no meio das pernas, mas não , ele não faria isso, ele respeitaria a escolha da filha, mesmo aquilo sendo um sacrifício, isso com certeza é normal, ele é pai, sua única filha, sua menina, que para ele parecia tão frágil, tão quebrável, mas isso é o que ela não era, sua testa franziu quando viu o seu afilhado se levantar e puxar Sophie com carinho e a abraçar, como se ela fosse algo raro, e ela era, ele a amava isso era visível, mas isso era certo? Miguel já estava com seus quase vinte e um anos e ela faria quinze, era muita diferença, ele era um homem completo, já ela uma menina mulher em formação, engoliu a seco quando um beijo foi dado, ele olhava aquilo sem piscar, de longe se percebia que não era nada apressado, nada com luxuria, era algo como o descobrimento do primeiro amor.

E de fato era, os dois estavam descobrindo o que era estar nos braços da pessoa que se ama verdadeiramente, onde se ama a alma, o interior e não o exterior que ajuda no desejo.

- Ethan- Ele se virou e viu Dakota em pé, seus olhos estavam vermelhos, e sem brilho, aquelas ônix que eram seus olhos não estavam presentes, ele abriu os braços e ela correu o apertando, ela precisava da força do marido, a traição de saber que o menino que cresceu com ela fez tudo isso, ela não sentia ódio, não sentia raiva, não sentia tristeza, não tinha uma explicação plausível para o que ela sentia, era uma mistura de cada emoção.

- Nem irei perguntar como você está se sentindo que percebo que está um lixo, mas lembre-se minha Dakota, eu te amo e vou sempre te amar.

-Eu vou superar, e você é tudo para mim Ethan, vinte anos juntos e você ainda me faz sentir como se eu fosse a única garota do mundo. Eu te amo

Os dois selaram o amor em um beijo singelo e Dakota olhou para o jardim

-Oh! - Foi a única coisa que disse ao ver aquela cena, sua filha e seu afilhado se beijavam com muito carinho, e as mãos estavam dada, não era na cintura em forma de possessão, ou nos cabelos por desejo, e sim as mãos dadas, como se um mostrasse ao outro que estavam ali, ela procurou os olhos do marido que nem piscava vendo o mesmo que ela, ele a olhou e viu que Dakota sorria, e seus olhos estavam contentes, mães sempre serão mães, podem estar no pior momento de sua vida, mas sempre um filho tem o poder de reanima-las.

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