Pov. Júlia
Tamborilava meus dedos na mesa do restaurante impacientemente, parei o que estava fazendo assim que percebi que o casal que se sentava a mesa ao meu lado estavam incomodados com o meu tique nervoso, sorri sem graça para eles, e levei meu dedão ao meu dedo anelar e comecei a girar a aliança que estava ali, estava nervosa, pois o meu digníssimo marido resolveu que devíamos sair essa noite, para me distraí, segundo ele estava com os nervos à flor da pele, mas que mulher não fica quando se está gravida de seis meses ? O que me tirou do sério foi perceber uma bela negra que não tirava os olhos dele a todo o momento e ele todo sínico dizia não perceber, mas percebia um sorriso de escarnio em seu rosto, Matheus não tinha jeito, sei que me ama, que me deseja, que me respeita, mas era um imã para atrair mulheres bonitas, isso me deixava puta, e aquela mulher era linda, alta, seus cachos eram definidos, enquanto eu, estava em um coque bonito, sapatilha e um vestido rosa horrível para gestante, me senti inferior no mesmo minuto, não que culpava meu príncipe, estava feliz que seria mãe dali a três meses, Matheus está radiante por ser pai de seu primeiro garotão, segundo ele, o primeiro dos seis que queria ter.
-Vamos
Olhei para Matheus e fechei a cara no mesmo minuto, ele tinha saído para pagar a conta do restaurante
- Vai ficar assim minha bolinha? Não fiz nada
Contive minha vontade de o mandar tomar no cu, odiava quando ele me chamava de bolinha, pançudinha, tudo que era adjetivo pela minha maravilhosa barriga.
Me levantei e o fulminei com os olhos, e sai andando na frente, vi ele vindo atrás logo em seguida, qualquer um que nos visse, perceberia que havia uma nuvem negra pairada sobre nós, entrei em nosso carro, e senti ele tomando seu lugar no motorista
-Já chega Julia Sanchez, pelo amor de Deus, sai mais cedo da clínica, mesmo ainda estando em estágio, faltei a faculdade, tudo para ter um tempo com minha esposa, e você fica assim?
Ai que me toquei que estava sendo uma idiota, ele fazia de tudo para me ver feliz, e eu estava me comportando com uma menina, mimada, fútil e chata
-Desculpe, só estou nervosa, me sinto gorda, inchada, grande, e você me chamando de bolinha não ajuda, e todas as mulheres daquele lugar te olhavam com cobiça me irrita Matheus.
Ele sorriu e me deu um beijo na testa
- Julia, eu amo você, somente você, sei que não era fácil quando mais jovem, mas a partir do momento em que te fiz minha, é porque queria ser só seu, não importa se tem, dez, vinte ou trinta mulheres me olhando onde vamos, eu tenho olhos somente para você minha bolinha
O olhei brava e ele riu sapeca
-É a bolinha mais linda desse mundo
Acabei que rir com ele, lhe dando um tapa no ombro
Vi que ele não estava indo para nosso apartamento, e rir, quando percebi ele se aproximando de um motel, fiquei calada, ao passar ela recepção, a suíte 23 foi nos entregue e ele me olhou malicioso balançando a chave dourada em mãos
- Nada melhor que selar uma briga com um bom sexo
-Não brigamos-Disse séria e ele me olhou bem fixamente, que me fez lembrar do dia que o vi pela primeira vez
- Você me enlouquece, mesmo quando não está por perto, você me tortura, Júlia, porque faz isso comigo? -Ele acariciou o meu rosto e colou sua testa na minha
- Matheus- Apenas sussurrei
- Você me quer? Me quer, Ju?
- Meu batom ainda está intacto, Matheus -falei e coloquei minhas mãos em seu peito.

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Ruthless ✓
ActionO quão pode ser perigosa uma atração? Quantos segredos uma pessoa pode ter? Dakota conhece uma realidade, mas não imagina o quão obscura sua vida pode ser. O passado no presente, que deixam reflexos no futuro. Poderá ela compreender e aceitar o q...