As juras de amor eram esfumaçadas pelo soar das respirações alteradas e gemidos modestos, os toques eram delicados assemelhando-se a toques em pétalas, em rosas ou plumas. Os cobertores sobre a cama eram ondas marítimas num balançar incessante que as envolviam e revolviam.
Os perfumes e aromas naturais do ato eram a maresia.
A sensação de flutuar sobre tudo.
O corpo da morena por debaixo da ruiva, membros entrelaçados. O quarto era bem arejado, o que de nada adiantou para o calor de ambas as peles suadas. A ruiva conectou seus lábios com os da morena e deixou o beijo fluir com toda a paixão que podia expressar.
Quando se beijam e ficam nuas, o mundo inteiro some. Ficam apenas ambas em seu fluir natural de corpos abraçados, como uma corda e uma âncora em alto mar... Luna se perguntou diversas vezes o motivo de não ter descoberto isto antes, era inexplicável. Claire estava certa quando o disse.
— Amor, eu não consigo segurar... — a voz arrastada de Alina disse.
Luna não respondeu e muito menos pediria que ela segurasse. Gemeu delirando com a sensação que sue próprio corpo construía, seus músculos todos pareceram se contrair; agarrou em sua parceira ruiva com toda a força enquanto a mesma mergulhou o rosto em seu pescoço.
Num último movimento em colapso Alina se deixou liberar... Luna também o fez arranhando sua parceira com força. Ambas relaxaram espalhando suas exaustões sobre o colchão.
Recolhendo seu cansaço, a ucraniana acariciou o braço da mocinha; depositou vários selinhos em sua face e pela primeira vez após aquele orgasmo a menina sorriu corando. Era típico dessa menina atípica, achar tamanha fluidez num ato íntimo como esse, porém sempre há de corar quando a beijam no rosto.
Era a inocência dessa alma, de fato. Inocência eterna.
— Estou me sentindo até um pouco culpada, sabia? — a ruiva se manifestou.
— Por que causa? — a menina debateu cobrindo-se com o lençol.
— Ainda pergunta? Estamos fazendo amor e ainda nem conheci suas mães... Vão dizer que sou uma canalha! — pareceu óbvio com uma pitada de humor.
Uma testa franzida e olhos quase cerrados a encaram.
— Você não é essa palavra feia! — agarrou-se na ruiva. — Você é minha... — aconchegou-se mais.
A outra deu um sorriso encantado.
— É óbvio que eu sou sua, eu admito. Todo mundo já sabe... — passou seus dedos pelos cabelos castanhos. — Inclusive seu irmão que até este momento deve estar querendo me matar. — revirou os olhos. — Ele gritou com você?
A mais baixa assentiu timidamente.
— Não foi de propósito! — exclamou em defesa de seu gêmeo. — Ele só ficou com medo... — ficou cabisbaixa. — 'Guel não se acostumou comigo assim com alguém, ele acha que podem me machucar... Sabe... — sussurrou. — Pessoas malvadas.
— Eu não sou uma pessoa malvada. Eu te quero bem e faço de tudo para que você esteja bem, não é verdade? — acariciou a orelha da outra.
— Sim! — apertou mais forte. — Minhas mamães irão amar te conhecer!
— Confesso que fico muito nervosa, elas são a primeira família de alguma parceira que está para me conhecer. Já comecei perdendo, seu irmão me odeia. Tem sido uma longa semana e você tem me prendido nesse quarto — prendeu-lhe o nariz. —, e estou pouco me importando se alguém não está gostando, você me quer e é tudo o que importa a este ponto... Claro que tenho medo receio delas desgostarem de mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Onde Devo Estar (Spin-Off) (Intersexual)
ФанфикConjunto de histórias não contadas com base na Fanfic Viagem Para o Futuro. Nesse Spin-Off veremos Lauren e Camila e os seus filhos Cabello-Jauregui enfrentando as novidades da vida com suas respectivas felicidades, tristezas, raivas, momentos engr...