Onde Devo Estar (Spin-Off) (Intersexual)

Novas Rotinas e Velha Rotina

Att Dupla! Eu pretendo passar essa fic toda pra cá ok? E ainda atualizar!

TEM HOT, OK?

Boa sorte e boa Leitura!

Fiquei hipnotizada naquele momento de encantação, um verdadeiro laço de afeição por natureza. Camila amamentava a pequena Angel na poltrona próximo ao berço, fiquei escorada na parede no lado oposto observando a beleza de ambas as realezas da minha vida. Camz não tinha os cabelos perfeitamente escovados, estava muito tarde para se preocupar com estética (e ela nem precisava) mas uma cena como essa... É esteticamente , emocionalmente e artisticamente belo.

A neném está em casa há quarenta dias, está ficando grande, as bochechas bem gordinhas assim como o resto do corpo, com pouco tempo de nascida exibia os olhos claros e ficam cada vez mais inquietos tentando enxergar o mundo que existe em sua volta. A pequena pode ser comparada a dois punhados de plumas brancas, é minúscula, fofinha e muito alva. Seus cabelos bem escuros são belíssimos, não demorou pra todos dizerem que ela é "a minha cara"... E comparando do meu ponto de vista ela é uma pequena Lauren como estão acostumados a dizer, Carmen Angelica (assim falando seu nome inteiro) desde o primeiro dia se demonstrou inquieta e muito afoita para descobrir o mundo. Após mamar sua agitação some, dorme a noite inteira e Camila e eu conseguimos tempo uma para a outra porém o problema da privacidade vem de outra pessoa. Eu mesma.

— Espero ter um tempo sozinha com você. — disse Camz bastante calma.

— Se dependesse da nossa Angel não seria um problema, de certo. — murmurei.

A latina assentiu e continuou segurando firme a menininha em seus braços. A mesma contorceu-se um pouco e rejeitou o seio da mãe.

— Está de barriguinha cheia, meu anjinho? — perguntou de voz adorável à neném. — Está na hora de dormir. — sorriu de olhos brilhando.

— Ela é linda. — sussurrei.

— Só diz isso porque ela é a sua cara. — fez graça a pondo no berço.

Lhe mostrei a língua fazendo careta. De certo era graça apenas, ela mais do que ninguém sabe como eu sou com as crianças, mimo bastante e fico bem boba as vendo fazer qualquer coisa nova. Matthew agora que está mais falante me faz babá-lo em dobro, sua voz e eloquência são bem nascentes ainda e os assuntos variam de tigres de pelúcia até desenhos animados que passa na TV e como se não bastasse está ficando a cara da Camila, a mesma boca, o mesmo nariz... Fico a cada segundo mais apegada a ele.

— Vamos para o nosso quarto. — pôs as mãos no meu ombro.

— Estou percebendo um pouco de malícia na sua voz... — apertei os olhos.

— Irá mesmo ficar me evitando? — indagou entediada.

Imitei sua expressão.

— Não é que eu esteja te evitando, meu amor... Tenho medo de te machucar. — acariciei seu cabelo.

— Lo, tudo está sarado e em perfeito estado, não é como se o parto tivesse arrancado minhas vísceras. — pareceu mais irritada. — Estou subindo pelas paredes, querida, eu preciso de você. — segurou meu rosto.

Para um casal que não aguentava uma semana sem fazer amor ficar nessa situação quase dois meses é muio drástico, também me encontro subindo pelas paredes e, sem muito exagero, atravessando o teto. Vê-la nua e não poder fazer nada por medo de tocá-la e acabar por fazê-la sentir dor... Nem era uma opção até então.