Os Juramentos

1.2K 135 71
                                    

Se eu fosse vocês, tentaria checar minhas outras histórias aqui.

EDIT2021: Por favor, sejam gentis. Se não gostar dos eventos da história, não seja desagradável. Se retire em silêncio. A leitura não é obrigatória.


— Luna... Você olhou isso no espelho? — indagou se aproximando ainda receosa.

— Não... O que?!

— Como uma futura mãe, eu preciso te dizer que não era pra isso estar acontecendo. — afirmou com bastante seriedade; a menina ficou tensa. — Para o seu bem... Vamos fazer um teste de gravidez, certo?

[...]

Uma...

Duas...

Três...

Dez, talvez.

Cécile continuou pegando caixa atrás de caixa, enchendo as mãos a acumular diferentes marcas, Luna seguia aflita, andando apressada. À frente somente seu grande e arredondado ventre. A gestante holandesa estava estranhamente habituada com a situação, foi como quando aconteceu pela primeira vez, num susto, do nada. Ela soube.

Pior saber que ela agora está sabendo por Luna, pois a própria morena jamais havia pensado na possibilidade, para ela era óbvio e seria como há quase nove meses atrás.

— Levaremos um de cada marca, nunca se sabe quando são certeiros ou não. — falou no automático, totalmente focada nas prateleiras.

A baixinha que seguia atrás dela estava de gestos temerosos, acuada, testa enrugada. Roendo as unhas estando completamente confusa, nada daquilo fazia sentido algum. Era muita informação lhe vindo à cabeça, e quanto mais delas menos as processava. Ambas estão numa farmácia próxima ao campus, um dos luxos da proximidade.

'Lu observava as caixas empilhadas, as áreas de guloseimas, balas de eucalipto... Tão alheia e inocente. Sempre que começava a se perder sua mente martelava o motivo principal que a fazia estremecer novamente.

— Por que você acha que é isso?! — tentou chamar-lhe atenção. — Eu sangrei... — falou mais baixo.

— Porque dificilmente eu estaria errada sobre o que eu vi... Há vários motivos para sangrar, Luna. — pegou mais duas caixas.

— Estou tão confusa. — murmurou trêmula.

— Imagino... — olhou para a amiga sentindo seu temor. — Tem que fazer isso pelo seu bem, certo? — explicou a tranquilizando. — É apenas uma suspeita, para garantir a certeza que você tem...

— A Alina não pode fazer nenéns na barriga de ninguém, Cécil. — murmurou embolado. — Ela não pode. Ela disse... — sua respiração começou a alterar-se.

— Coisas improváveis acontecem, 'Lu, mesmo sendo muito assustadoras às vezes. — contraiu os lábios.

A holandesa não sabia ao certo se fazia aquilo cem por cento pela integridade de sua amiga. Será que o ser humano faz alguma coisa sem interesse pessoal? Não há teoria de marketing que desvende com clareza as intenções por trás 'segundas intenções'; nem a própria gestante soube se fazia aquilo apenas por Luna, pois fazia pelos flashbacks em sua cabeça que traziam seu idêntico momento à tona.

É como dormir novamente para voltar e ver o desfecho de um sonho.

A holandesa quis o bem de Luna também por lembrar-se de si mesma quando estava no mesmo momento, é como um pedido de redenção.

Onde Devo Estar (Spin-Off) (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora