Especial LINA - This Home is a Gift

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Feliz Natal!!!

Eu realmente agradeço a todos que amam esse casal!

Esse capítulo foi uma encomenda de uma pessoa há tempos e, finalmente, pedi autorização do presentado para postar e presentar todos aqui. Mais de uma pessoa vai poder ler essa felicidade que tive em escrever depois de tanto tempo.

Sim, eu imagino a Luna como a Anya Chalotra.

Seja gentil! Não precisa de ironia, de palavras negativas e coisas do tipo. Podemos só ser felizes, ok?

Contexto: Luna e Alina já estão casadas, são mães de uma menininha linda.



A urgência do momento soava engraçado para terceiros, mas Alina Kovalenko tinha os ombros tensos e olhava para o céu tanto quanto olhava para a estrada. Não se tratava de um animalzinho envenenado que precisava de assistência, a ruiva já voltava para casa e o pânico vinha do outro extremo da rota para a clínica onde trabalhava.

Entrando em seu mimado carro, as nuvens davam indícios com um cinza angustiante. Estava passível de se tornarem apenas uma garoa, ou um alarme falso que logo abriria os céus para deixá-los brandos... Eis que ainda começando o trajeto – nada fácil em horário de pico – as malditas nuvens começaram a precipitar como chumbo. As gotículas não tinha nada de diminutas e faziam forte barulho ao colidir com o carro. Depois do primeiro trovão, Alina tinha certeza que precisava estar em casa o mais rápido possível.

Não se tratava do dilúvio.

Era uma tempestade normal.

Para Alina não era tão pouco... Certamente não seria o fim do mundo chegando ao seu íntimo também, porém, esta ruiva em especial, fica de coração sangrando em pensar nas pessoas mais importantes de sua vida apavoradas em casa sem seus braços protetores para guardá-las dos sons 'horripilantes' do tempo que se acaba cá de fora.

Com o passar dos meses tudo ficou mais fácil. Quando seu milagre chegou nesta terra, os horários ficaram confusos, não se podia dormir de dia... E nem de noite. Naturalmente, a fadiga veio meses antes da chegada, no entanto tudo nessa inconstante temporada fora de intensa angústia por tentarem passar por tudo sem auxílio de mais ninguém; A ruiva, por orgulho; a morena, por confiar na ruiva.

Alina viu através do gélido para-brisa embaçado a rua de casa e logo encheu-se de antecipação. Agarrou a sua pasta amarronzada de trabalho e num momento só a água lhe molhava o braço e perna posto para fora na pressa. Correu por debaixo tentando se proteger com a pobre pasta até a porta da frente.

Subiu as escadas seguindo até o quarto principal como se fosse a única coisa que estivesse em sua frente.

E quando girou a maçaneta...

Ali estava.

De luzes baixas, estava sua Luna encolhida contra a cabeceira da cama ainda de roupão e pés totalmente nus. Tinha nos braços o resultado mais lindo de tanto amor, Stella, uma bebê com menos de um ano, cabelinhos ruivos, muito rechonchuda e dotadas dos olhinhos verdes de Luna – os favoritos de Alina, dispensável dizer, mas impossível de dar ênfase o suficiente. Uma pena esses mesmos olhinhos estarem fechados com força vertendo lágrimas desesperadas aos berros no colo de sua mãe que a deu à luz. Luna só não chorava, ocupou até mesmo seu pânico com o instinto de acalmar sua filha apesar do medo estar óbvio em sua face.

Tal mãe, tal filha tinham profundo terror de tempestades. Alina sabia disso como sabe a anatomia de um paciente felino, soube perfeitamente desde o primeiro incidente no qual beijou pela primeira vez essa mulher que a tem completamente... Desde então, cuidar delas não era uma obrigação propriamente dita, era um prazer do destino.

Onde Devo Estar (Spin-Off) (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora