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Taehyung terminou de tomar banho em vinte minutos inteiros e completos. Ele nunca tomou banhos rápidos, e não era porque estava na casa dos outros que ia sair em dez minutos todo sujinho. Enrolado na toalha, passeou pelo quarto animadamente enquanto cantava Change, procurando na mala um gorro e uma cueca, porque ele foi pro banheiro com apenas a camiseta do pijama de listras.
Rolou os olhos, achando seu jeito distraído patético.
— world is gonna change, tã nã nã nã...
Levando a troca de roupas para o banheiro, fechou a porta e a trancou com cuidado, puxando a toalha branca em seguida das suas ancas. Quando ia arrastar a cueca pelas pernas, ouviu a porta do quarto abrir ruidosamente.
Caramba! Ele tinha deixado aqueles dois sozinhos por uma razão. Por que eles tinham voltado?
Quando colocou a mão na maçaneta da suíte, porém, ouviu uma voz que não pertencia à Yoongi e muito menos à Jimin.
— Eu sei, amor. Eu nunca vou poder me livrar dela, você sabe. Nós somos casados, e ela tem esse problema...
Taehyung arregalou os olhos. Colocou a cueca de volta em cima da pia e andou pelado pé por pé até a parede perto da porta, grudando nela para ouvir. O que aquele pai de merda estava falando?
— Não fale assim, ele ainda é meu filho.
Taehyung revirou os olhos.
— Eu o amo sim! Se não amasse, você acha que eu ainda continuaria com essa palhaçada de forçar a minha esposa a dizer que lembra dele?
O castanho claro tapou a boca, respirando diversas vezes enquanto olhava para todos os cantos do banheiro. Sentia o corpo em chamas agora, e tinha certeza que até os pelos que ele nem sabia que tinha estavam arrepiados.
O QUÊ?
Abriu a porta e a deixou bater na parede, saindo por ela furioso e assustando o sr. Park enquanto falava ameaçadoramente.
— O que foi que você disse?!
◡ ܫ ◡
Yoongi suspirou. Seu cérebro estava um caos, dividido em uma discussão que ele não conseguia entender. A respiração de Jimin em seu queixo só dificultava a sua compreensão, então ele parou de pensar ou de tentar chegar a alguma conclusão do porquê queria tanto fazer aquilo.
Não fazia sentido nenhum.
Abaixou o rosto de repente, decidido a calar aquelas vozes irritantes - dele mesmo em sua mente atribulada - e capturou os lábios grossos e rosas de Jimin, sentindo-os esmagando nos seus. Surpreendentemente, o contato visual não foi quebrado, e eles continuaram a se olhar nos primeiros movimentos. O gosto amargo da bebida alcoólica que os dois haviam ingerido tornou-se um afrodisíaco, e Jimin finalmente foi capaz de fechar os olhos quando o perfume suave de Yoongi invadiu suas narinas. As notas deliciosas de tangerina e pimenta inundaram seu cérebro, e involuntariamente sua mão pequena pousou na lateral do pescoço quente; seus dedos desbravando a nuca do seu vizinho.
