39. Entre nós

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Atenção! Cenas explícitas separadas por asteriscos

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Atenção! Cenas explícitas separadas por asteriscos.

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Taehyung andou de um lado para outro por quase meia hora. Seus dedos estavam mordidos, sua bexiga estava pesada e sua cabeça leve demais, tão leve que parecia prestes a descolar do pescoço e sair rolando. Nos outros trinta minutos, mesmo que não quisesse tirar o pé dos tapetes de Kook, ele teve que tocar no apartamento de Jimin para fazer xixi e pegar um moletom porque estava congelando, e assim descobriu pela Sra. Park que ele não estava lá.

Taehyung tocou no de Yoongi depois. Nada.

Estava fazendo uma verificação minuciosa, é claro. Ele ainda gostava de fofocas quentes e adorava ter motivo para zoar seu bolinha, ele morria de vergonha sempre.

Voltou para o sétimo andar derrotado, e tocou a campainha apenas para o caso de seu bunny já ter chego enquanto ele estava fora, mas nada aconteceu. Tae escorregou na madeira envernizada até se sentar em cima do tapete simples e verde musgo, os olhos lacrimejantes com a possibilidade de não ser perdoado.

Ele merecia perdão.

Ele achava que sim, pelo menos. Não era possível que o destino seria tão cruel em arrastar uma pessoa em sua vida que significava bastante para depois arrancá-la. Ele não sabia se podia incluir suas próprias decisões no curso do destino - afinal, ele quem estava com medo do lunático do Bogum e decepcionou o Jeon, mas no fim das contas, ele achava que tudo estava entrelaçado, e esse entrelace era o destino.

Demorou quase uma hora e quarenta minutos para alguém aparecer no andar, e esse alguém era seu bunny. Jungkook tinha chorado, e a postura charmosa e entristecida de mais cedo estava reduzida à um homem exausto. Taehyung se levantou rapidinho, mas, engraçado, agora a urgência não era mais falar sobre eles dois. 

— Bunny, você tá bem?

Era uma pergunta bem idiota, mas o ponto de partida para uma conversa. Dava para perceber que o mais novo estava precisando urgentemente de descanso e que a última coisa que estava era bem.

Jungkook passou por ele de olhos inchados e bochechas infladas, o rosto tão sério que dava medo, e então ele girou a chave, mas nunca destravou a maçaneta. Sua testa se encostou à madeira da porta, e Kook fechou os olhos, exausto de tudo.

De visitar o pai que não queria a sua presença. De acordar cedo demais para pegar o primeiro horário de visitas e chegar a tempo no trabalho - sem tomar café e nem nada, de na maioria das noites ter que aparecer lá no hospital única e exclusivamente para assinar documentos, e de muitas outras coisas que o incomodavam agora, mas que não eram tão exaustivas assim e na realidade ele estaria dramatizando se as citasse.

É que tudo estava se tornando uma bola de neve, e ele estava mais cansado de ser o complacente, o quietinho, o miserável que busca por migalhas de atenção. 

Pantera ▫ pjm+mygOnde histórias criam vida. Descubra agora