Mais um jantar na mansão dos Bernard.
As meninas conversavam animadas, Amélia estava meio dispersa enquanto brincava com a comida em seu prato.
Giovanni observava sua filha e as vezes trocava olhares com a esposa, receoso sobre como ela lidaria com o assunto.
Ele já tinha conversado com Clara sobre o assunto e ela estava preocupada. Sabia como a filha era, mas acreditava que a garota iria aceitar se fosse para ajudar a família. O casal tinha decidido que iria dar a notícia após o jantar.
- Você está bem, Amélia? - Giovanni perguntou a filha, tirando-a de seus devaneios.
- Uh? - A garota levantou a cabeça, confusa.
- Perguntei se você está bem. - Giovanni tornou a repetir.
- Desculpe, papai. - A ômega pediu, com um sorriso brilhante. - Estou sim, só pensativa.
- Sua mãe e eu gostaríamos de conversar com você, em particular, depois do jantar. - O pai voltou a falar suspirando.
- Tudo bem. - Amélia concordou curiosa e voltou a comer.
Clara ainda fitava a filha apreensiva, mas suspirou. As irmãs da garota a encararam, perguntando se Amélia tinha feito alguma coisa para que os pais precisassem falar a sós com ela.
Depois de terminaram de comer e recolher a louça, as meninas subiram para os seus quartos e Giovanni foi para o seu escritório acompanhado de sua esposa e de Amélia.
O pai e sua mãe se sentaram lado a lado no sofá e a ômega se sentou na poltrona de frente para eles.
- Filha, nós estamos com problemas. - Giovanni começou.
- Que tipo de problemas? - A garota perguntou receosa, encarando o pai.
- Financeiros. - O alfa respondeu. - Três dos nossos melhores hotéis se fecharam, você já sabia disso. Certo?
A ômega apenas assentiu, balançando a cabeça.
- Sendo assim. Estamos com apenas dois hotéis de pequeno porte funcionando e com risco muito grande de ambos fecharem. - Giovanni começou a falar. - Você sabe que estamos reduzindo os gastos nessa casa e precisamos de uma solução rápida.
- O que posso fazer para ajudar? - Ela perguntou preocupada.
Ela sabia que estavam enfrentando problemas, apenas não sabia que eram nesse patamar. Ela não estava usando seu carro e cartões de crédito, e já tinham dispensado boa parte dos empregados da casa. Assim como suas irmãs estavam restritas a muitas coisas.
- Bem, você se lembra da família Bustamante? - Giovanni perguntou e viu a filha assentir novamente. - Augusto me ofereceu ajuda, mas vou precisar da sua também.
Amélia ficou confusa. Ela conhecia sim a família Bustamante, era até amiga de Louis, o filho mais novo de Carolina e Augusto. O menino era um alfa da sua idade e ambos estudavam Literatura juntos.
Mas se Augusto Bustamante ofereceu ajuda, o que ela tinha a ver com isso?
- Você se lembra de Alicia? - Seu pai voltou a lhe perguntar.
É claro que ela se lembrava de Alicia Bustamante.
A alfa que lhe importunava todas as vezes que ela ia para a casa dos Bustamante com os pais ou para brincar com Louis.
Ela sempre a provocava, puxava seu cabelo ou fazia brincadeiras idiotas.
Ela era uma chata na opinião de Amélia.
Deu graças a Deus quando a alfa completou dezoito anos e se mudou para os EUA para fazer faculdade.
- Lembro. - Amélia disse, ainda sem entender.
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love after marriage
RomanceAmélia não queria ser mais uma ômega obrigada a se casar. Mas ela não tem muitas opções e terá que fazer isso. Ela só não esperava que a sua alfa fosse diferente do que ela esperava. @PandaDeSeattle