Capítulo 29- Allysson

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Chegamos a casa do meu pai ainda cedo, estamos morando em Malibu, e dependendo do tempo gastamos uma hora até o Bel Air ou um pouco mais. Saímos às cinco da manhã para que chegássemos a tempo de pegar o café da manhã.

Maria e João Miguel estavam com seis anos, eles adoravam brincar com a Laura e com o Tom, engraçado que eles quase nunca brigam. Amanda também tem o costume de ir para a casa do meu pai nos fins de semana, Liza é um grude com Andie, já que elas têm a mesma idade. Meu pai recentemente adotou uma menina de 16 anos, ela chegou no hospital muito debilitada e machucada, o orfanato fazia muitos maus tratos com as crianças e ela conseguiu fugir e pedir ajuda, meu pai agora está com a guarda definitiva dela, por isso a comemoração, foi um longo período, não podíamos nem nos reunir com frequência porque poderia parecer que estávamos induzindo ela a tomar uma decisão.

Susto passado agora ela é oficialmente uma McKinsey, eu acho que essa família tá crescendo demais.

– Meu Deus, daqui a pouco vamos precisar de uma casa maior – Amanda grita assim que chega, vem até mim e me abraça.

– Pelo amor de Deus menina. Você chega com sua creche seu pai com a dele, não tem quem aguente. – sorri.

– Ah claro, você não contribui pra isso também né Amanda. – Duda entra com April, Cloe e Daniel que já correm em direção a Ayla, filha de Amanda e Henrique de 5 anos.

Parece estranho né. Eu ter me tornado amiga da ex-namorada da Luisa, eu mesma confesso que até eu me assustei um pouco, mas é como meu pai diz, nada como o tempo para nos mostrar, já se passaram seis anos, é estranho olhar para trás e ver o quanto o tempo passou rápido, nós mal percebemos e agora estamos com a vida feita.

– Sai Duda. Você só aparece nos momentos importunos. – Amanda reclama.

– Papai, a minha mãe não vem? – pergunto e percebo que realmente não vai dar mesmo, essa casa já tá pequena demais.

– Ela disse que vem, acho que tava lutando com a Becky por causa de uma roupa, fase de negação se é que me entende. – Por incrível que pareça Rebecca, (ou Beck como ela quer ser chamada agora) tem uma ligação muito forte com meu pai.

– Deus me livre. É tanta criança que não dá pra saber quem é filho de quem. – Amanda reclama de novo.

– E o processo? – Lavínia pergunta.

– Segunda feira vamos ter a última com toda certeza, audiência, aí as crianças serão nossas pra sempre. – falo empolgada.

– Vai dar tudo certo, você vai ver. – papai fala.

– Vai sim. – agora é a vez da Lavínia.

A porta se abre e Lya entra ao lado de Philip e Rebecca.

– Que casa cheia e essa pelo amor de Deus. – Lya fala rindo.

– Ponha a maior parte da culpa na Ally e na Lu, e depois no Joseph e na Lavínia, isso é de família mesmo? Esse amor por família grande? – ri.

– Porque esse medo Amanda, esse falatório todo? Até parece que é a primeira vez que você vem aqui. – brinco. Ela começa a chorar e todos se desesperam. – o que foi Amanda? – pergunto parando ao seu lado.

– Henrique e eu estamos parecendo malditos coelhos. – fala chorosa.

– Ei. Não é assim também não. – Henrique se defende.

– Ah não Henrique? – ela olha com um olhar matador para ele.

– Amor, isso não é o fim do mundo. – ele fala mais calmo, enquanto todo mundo tenta entender o rumo da conversa, apesar de eu já desconfiar fico calada.

Isso é Amor (Romance Lésbico) COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora