Isso é Amor (Romance Lésbico) COMPLETO

Capítulo 15- Allysson

– Papai, você tem que me ajudar. – falo assim que entro na sala do meu pai no Saint John Memorial Hospital.

– Oi filha. Ajudar com o que? – ele pergunta preocupado.

– Lya. – reviro os olhos. – ela quer que eu vá jantar na casa dela, já tem mais de três meses que ela não para de ligar. Eu não aguento mais.

– Então vá. Filha, ela é sua mãe ainda, independente do que ela tenha feito. – ele fala ao me abraçar.

– Então você vai comigo.

– Tudo bem. Eu vou com você, o que eu não faço por você meu amor. – beija minha testa.

– Sabe que tem que parar de me mimar não sabe?

– Não tenho não. Você é minha única filha, e meu amor, então não vou parar.

– Papai, você não existe. – abraço ele outra vez. – bom, eu vou ir agora, tenho que trabalhar ainda. Se cuida, e não esquece de comer.

Quando já estou no corredor meu pai vem atrás.

– Luisa pediu para você ligar para ela, seu celular está fora de área. – avisa.

– Descarregado. – balanço o aparelho. – assim que chegar na loja ligo para ela.

– Ótimo. Bom trabalho, te amo.

– Também te amo.

Luisa e eu estávamos juntas a seis meses, tudo na minha vida mudou completamente. Estamos felizes, apesar de não nos vermos com tanta frequência como antes ainda sim, tudo está indo bem. Luisa me entende, ela sabe quando estou ou não bem, nos falamos todos os dias, e ela sempre tem um jeito especial de fazer com que eu sinta que estou perto dela. Nesse tempo eu me tornei gerente da loja pois Cris, a antiga gerente, brigou com uma cliente e foi demitida. Amanda está mais feliz do que nunca, ela é Henrique se dão muito bem, Isabel tinha razão, eles ficam perfeitos juntos, saímos algumas vezes para jantar todos juntos, e é sempre bom porque nos acabamos de tanto rir.

Trabalhei tanto que quase perdi a hora, liguei para Luisa e a chamei para ir no jantar que a minha mãe daria, mas ela disse que ainda não estava pronta para encarar a mulher que me abandonou e se dizia minha mãe. Eu não gostei, afinal teria que passar uma noite com a Lya e a família feliz dela sem a Luisa.

Chego em casa quase na hora, subo para o meu quarto e me arrumo sem pressa, não tinha interesse nenhum de ir mesmo.

– Filha, já estamos atrasados. – meu pai grita. Não quis me arrumar muito, Lya não era uma pessoa na qual eu queria ver ansiosamente.

– Pronto. Vamos. – meu pai me olha. Eu tinha vestido uma blusa cinza e um casaco comprido, calça jeans e tênis, amarrei o cabelo em um rabo de cavalo e estava mais do que bom para mim.

– Tudo bem, vamos lá então. – fomos no carro do meu pai. Ele parecia nervoso, ou algo do tipo.

A casa que Lya morava com seu namorado, marido, ou sei lá o que, ficava em Mar Vista, um pouco longe de onde nos moramos.

Sem dizer que nada dali era o estilo de que Lya gostasse, ela sempre odiou Mar Vista, e nunca escondeu, acho que o destino quis jogar isso na cara dela.

Paramos em frente a uma casa pequena e descemos. Eu ainda estava pensando seriamente em voltar para trás e ir embora quando meu pai tocou a campainha e a porta logo foi aberta. Uma versão diferente da minha mãe estava parada na porta, apesar de estar arrumada, não chegava nem aos pés da mulher que foi casada com o meu pai.

– Vocês chegaram. Pensei que não viriam mais. – ela fala.

– Obrigado pelo convite. – Papai fala.