Capítulo 28

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Allysson

– Gabriel. – chamo-o pela quinta vez. Gabriel e assim mesmo, um ano pra acordar de manhã. – Gabriel, a sua mãe vai te deixar pra trás. – antes eu mesma fazia uma confusão com isso.

Então eles entraram em um consenso, eu seria mamy e a Luisa seria mamãe, assim ficou até mais organizado.

– Mamy, a mamãe tá querendo saber onde você colocou a minha meia. – Laura só anda perdendo essa meia, todo dia a mesma história.

– GABRIEL! – falo alto. – se eu voltar nesse quarto não tem celular nem mesada. – fecho a porta e saio para socorrer a outra.

– Ah, graças a Deus. Cadê essa meia? Todo dia é essa bagunça. – Luisa fala quando entro na porta.

– Laura, cadê a Andie e o Tom? – pergunto e abro a segunda gaveta e aparece várias meias. – Aqui as meias, segunda gaveta.

– Mamy a Andie tava chorando. – de novo. Andie tem crise de ansiedade, sempre que tem alguma coisa que a obrigue a ficar em frente a muita gente ou a incomodando ela surta.

Caminho até o quarto dela e a vejo sentada na cama. Andie tem 10 anos, Gabriel tem 12, Tom (Tomás) tem 8 e Laura tem 6, nenhum deles são irmãos de sangue, mas se dão super bem desde o início, já estão morando conosco a um ano, ficamos quatro anos na esperando e recebemos a guarda provisória, naquele maravilhoso dia, depois eles levaram eles embora e por fim os trouxeram de novo, e estamos com a guarda provisória de novo.

– Andie – chamo-a assim que paro na porta – e a mamy, posso entrar?

– Sim. – responde.

– O que foi filha? O quem tem de novo na escola, hum? Apresentação? Se for posso conversar com a Srta. Campbell outra vez.

– Não é isso mamy. – abaixa a cabeça meio com vergonha. – você vai ficar magoada? – pergunta com medo.

Essa infelizmente é a realidade de muitas crianças que são adotadas, elas já passaram dois anos com a gente, e quando estavam superando o trauma, quase um ano morando com a gente voltaram outra para o orfanato, e quando voltaram estavam desestruturados outra vez.

– É claro que não filha. Eu sou sua mãe, entende. Estou aqui para te ajudar e não recrimina-la tudo bem? – ela balança a cabeça concordando.

– Mamy, o Renan me deu um beijo na boca. – sinto meu sangue para.

– Mais como assim Andie? Quando foi isso? – falo alto.

– Você prometeu... prometeu que não ficaria magoada. – chora mais.

– E não estou amor. É só... só preocupação, você é muito nova entende? – pergunto.

– Sim. – responde cabisbaixa.

– O que aconteceu aqui? – Luisa chega preocupada.

– O Renan, filho da Marta deu um beijo na Andie. – explico.

– Como assim Ally? Eu vou matar esse moleque. – começa a levantar.

– Luisa! – a repreendo. Quando os meninos voltaram para nós, prometemos não demostrar raiva perto das crianças. Ela respira e força um sorriso.

– Nós iremos resolver isso filha. Tudo bem? – pergunta e Andie balança a cabeça. – agora se arrume se não vamos atrasar tudo bem? – ela concorda.

Saímos do quarto e vamos para o corredor.

– Eu quero esse menino longe da Andie hoje. – Luisa quando decide alguma coisa não adianta nem brigar.

Isso é Amor (Romance Lésbico) COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora