Capítulo 23

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Luisa

Quando Ally acordou eu fique com medo de ir até lá, não conseguia deixar de lembrar que ela poderia ter morrido.

Mas quando eu abracei ela um alívio passou por todo o meu corpo, ela estava bem. Estava viva e tudo daria certo dali em diante.

Dois dias antes...

Quando Joseph saiu ele estava acabado, era visível. Quando eu o abracei e ele disse:

– Ela está bem. Correu tudo bem, a médica só disse que faltava oito horas para deixa-los terminar sem que nenhum de nós entrasse em desespero. – fala aos prantos.

Eu chorei ainda mais, eu queria chutar o mundo se eu pudesse, eu estava feliz. Eu queria gritar, eu queria vê-la, tocar nela e beija-la, queria prender ela a mim, de um jeito que nunca mais ela se soltasse.

Henry, o médico dela disse que ela precisaria de um tempo para se recuperar, ela está bem, o câncer já está sendo combatido pelo novo sistema de defesa do corpo da Ally.

Tudo ficará bem no final.

Hoje...

Eu ainda soluçava um pouco por causa do choro de meia hora.

– Eu tive tanto medo de perder você, tanto medo que você me deixasse, mas você foi forte, você lutou, e voltou para mim. Eu te amo Ally, te amo tanto. – dou um beijo leve em seus lábios e ela sorri quase que de maneira imperceptível.

Horas depois estávamos no quarto aguardando o momento em que Henry faria o teste para saber se a fala dela não havia sido comprometida.

– Oi. – Henry fala sorrindo. – Eu sou o Doutor Henry Jones , sou oncologista, me formei na Harvard há 10 anos, quando eu tinha vinte e cinco anos, hoje estou com 35 anos, sou casado e minha esposa está grávida do nosso primeiro filho. Você pode se apresentar para mim agora? Fale sobre você para mim. – ele fala de maneira calma. – comece com o oi, tudo bem? – ela balança a cabeça concordando.

– O-oi. E-eu... eu s-sou Allysson... – fala ainda com dificuldade mas é um grande começo. – Allysson M-McKinsey, sou estudante de engenharia civil há um a-ano, tenho 20 anos, s-sou namorada d-da Luisa, meu pai e Joseph, e eu t-tenho dois irmãos, João Miguel e M-Maria. – ela fala com dificuldade mas consegue terminar, todos na sala sorriram para ela que também sorri.

– Muito bem Allysson, isso é normal, você ainda vai sentir uma dificuldade em falar, mas você já está ótima, melhor do que eu esperava, logo logo estará bem e não haverá motivo para continuar internada. – Henry fala calmamente.

– O-obrigada. Se não fosse por você eu nunca teria conseguido. – Ally fala.

– Tá tudo bem. Bom, agora vou deixar vocês tranquilos, qualquer coisa é só pedir para me chamar tudo bem? – beija a testa da Ally e se despede dos outros e logo sai.

Joseph logo sai para ver Lavínia e ficamos Allysson e eu. Deito na cama ao lado dela e ela apoia a sua cabeça em meu peito.

Allysson

Meu pai saiu do quarto deixando somente Luisa e eu. Eu estava com saudade dela, eu senti falta de estar nos braços dela como antes, de apenas voltar para ela e sentir o calor que o corpo dela emanava, sentir as minhas células se aquietarem por causa da presença dela.

– Você voltou. – ela fala.

– Eu disse que não ia a lugar nenhum, que eu sou sua, então acho bom ir se acostumando com minha presença. – falo e ela ri.

– Eu nunca vou me cansar de você. Você me completa, assim como eu completo você.

– Você tá muito convencida, você não acha não? – brinco.

Isso é Amor (Romance Lésbico) COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora