Crime

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POV Zayn

Sinto a mão da Denise entrar em contacto com a minha perna, mas logo fujo do seu toque. Sinto de seguida o seu olhar em cima do meu corpo e suspiro. Repouso, com muito nojo, a minha mão sobre a pele da sua perna. Ela é tão nojenta, como vou conseguir eu manter uma relação com ela?

Assim que chegamos ao hotel, subimos e ela logo empurra o meu corpo contra a cama, olho-a.

"Vamos jantar primeiro." tento adiar o momento.

"Parece-me bem babe. Pede."

Vou até ao telefone e ligo. Respiro fundo mentalmente e peço uma coisa qualquer. Tento manter-me calmo e lembro-me que se faço isto é para a segurança de quem mais gosto.

"Então bebe? Podemos ir aquecendo." fico em silêncio e envolvido nos meus pensamentos.

Sinto a sua mão atingir e o meu membro e olho-a. Paro-a e imagino uma desculpa para lhe dar.

"Babe estou com fome."

Um suspiro sai por entre os seus lábios e o seu corpo acaba por ficar, sossegado, ao lado do meu. Felizmente consigo ter um pouco de silêncio e consigo mais uma vez escapar das suas garras.

"Vou a casa de banho." - sussurro, e caminho ate ao pequeno espaço.

Pego no telemóvel e tranco a porta para ela não entrar.

"Babe?" - mando mensagem a mulher da minha vida. Eu sei o que lhe deve estar a custar tudo isto, sei e admiro-a mais por me compreender. Eu faço isto pela nossa família.

"Hum?" - e aqui eu sei o quão mal ela está.

"Não estou a conseguir fazer nada, nem sequer disfarçar bem."

"O que queres que te diga? Eu amo-te. Apenas isso."

Por muito que ela esteja a sofrer acho que merecia um pouco de apoio da sua parte, afinal faço isto por nós.

"Eu também te amo." elimino as mensagens com ela. Que dizer mais?

"Então não faças sexo com ela. Não é? Magoa."

"Sabes bem o porque de fazer Marie. Para a proteção de quem mais amo."

"Não deixa de magoar. Enquanto tiveres relações sexuais com ela, não vais andar a chafurdar comigo."

"Eu entendo."

"Vai lá. Não te quero chatear. Até amanhã. Amote."

"A mim magoa tu pensares que me chateias. Sinceramente. Amote."

Não recebo mais nada e ai percebo ao sofrimento a que ambos temos sido submetidos. Suspiro baixo e elimino as mensagens, puxo a àgua para poder fingir e lavo a cara de seguida.

Respiro fundo e saio da casa de banho, sinto logo uns braços a rodiarem a minha cintura e uma mordida é depositada nas minhas costas. Fecho os olhos com força e agarro-me ao puxador, depositando toda a minha força no mesmo, ela mete-me nojo e se fosse por mim não estaria aqui.

"O comer nunca mais vem." diz. "Podias aproveitar e fazer-me vir em 3 minutos babe."

"Calma babe. Para que três minutos, se depois te posso dar varias horas."

"Vá lá bebé. Eu preciso de ti, estou tão necessitada."

"Shiuuu." - encosto-a à porta e beijo o seu pescoço. Deixo as minhas mãos passarem ao longo do seu corpo e agora mesmo não consigo ver o que encontrei nela.

Baixo os lábios até aos seus seios, e mordo-os com força. Vários gemidos saiem dos neus lábios.

Eu devia estar assim com a Marie e não com ela, isto é tão triste.

Batem a porta, fazendo-me sorrir vitorioso. Os seus lábios soltam um suspiro frustrado e compõe-se. Abro o pequeno pedaço de madeira e trago para dentro  a comida, agradeço.

Vou até ela e depois de ambos comermos, ela senta-se no meu colo, com uma perna de cada lado da minha cintura, as suas mãos empurram-me para trás e ela beija o meu pescoço. Reviro os olhos, como vou conseguir meter-me excitado? Imagino a minha Deusa e aos poucos vou ficando duro. Inverto as posições e rasgo o seu vestido e de seguida as suas cuecas. Ela despe-me e a sua mão vem até ao meu membro.

Ela o que quer é sexo, nada mais que isso. Sem deixar que me toque muito, penetro-a com toda a força, é o que quer e é o que lhe vou dar. Dou com toda a força e nada mais me passa pela mente a não ser a Marie. A sua voz, o seu toque, os seus beijos, o seu sorriso, tudo nela me fascina.

Uma das suas mãos liberta-se do meu corpo e eu abro os olhos. Vejo-a com os seus olhos fechados e a gemer o meu nome, enquanto a sua mão repousa sobre um dos lados da cama, sigo sempre a sua mão enquanto lhe tento dar prazer.

O mundo pára, assim que vejo a pequena lamina brilhar. A sua mão mexe-se rapidamente mas logo a paro.

"Sua cabra."

"Filho da puta." - grita e tenta soltar-se do meu toque, mas eu logo saio dela e me afasto.

"O que é que queres de mim?" grito irritado. "Queres acabar comigo é?"

"Eu sei, eu sei que me andas a trair com a tua Mariezinha, mas hoje, nem tu nem ela saiem vivos." - grita e corre até mim com a faca na mão.

"Não lhe vais fazer mal comigo vivo." agarro na sua mão e encosto-a na parede com força e brutalidade.

"Tu vais morrer Zayn." - faz um movimento rápido contra a minha barriga, deixando um pequeno corte neste, mas eu paro-a, virando a faca para si e sem querer a faca crava-se na sua pele fazendo com que ela solta-se um gemido de dor alto.

Olho as nossas mãos e assim que vejo o sangue arregalo os olhos. Afasto-me logo e olho-a. O que é que eu fiz?

O seu corpo cai no chão e sem pensar duas vezes saio dali a correr.

Eu matei-a.

Drug |Z.M|Onde histórias criam vida. Descubra agora