Acordo com a campainha a tocar sem parar. Visto o roupão e deixo a correr. Abro a porta e um Zayn completamente descontrolado entra.
"Zayn." - sussurro e depois de fechar a porta caminho atrás dele.
"Eu matei-a." -grita, desesperado, levando as mãos ao seu cabelo.
"Calma Zayn. Assim não te consigo entender." - aproximou-me do seu corpo, mas ele logo se afasta.
"Não me toques, eu sou um monstro." - grita.
"Amor, calma." - abraço-o por trás e em menos de meros segundos, o meu corpo já se encontra prensado entre os seus braços fortes.
Acaricio as suas costas e aos poucos consigo leva-lo até ao sofá. Deito-o no mesmo e de seguida, deito o meu corpo sobre o seu. Beijo o seu rosto e limpo as lágrimas, que correm incessantemente ao longo do mesmo.
"Amor?" - sorrio e faço com que me encare.
"Diz." - sussurra.
"Diz-me o que se passou?" - passo os meus dedos nos seus braços.
"Eu matei a Denise. Mas eu não queria. Eu juro. Juro que foi sem querer."
"Como é que isso aconteceu?" - sussurro.
"Esta noite não passou de um esquema amor. Pronto, nós estávamos a foder e quando reparei ela estava atirar debaixo da cama uma faca. Começamos a discutir e o objetivo dela era matar-me e depois matar-te a ti. Comecei a tentar tirar-lhe a faca e sem querer, espetou-se na barriga dela e eu fugi. Estava cheio de sangue. Ela morreu amor." - chora mais e ei logo o aperto contra mim.
Tudo isto parece um filme e neste momento só quero saltar para fora da tela. Eu sei que ele matou uma pessoa, mas foi apenas em autodefesa e na realidade é um alívio.
"Eu acho melhor irmos à policia amor." - sussurro e sinto o seu corpo focar tenso.
"Se eu for preso esperas por mim." - leva a sua mão até à minha face, acariciando a mesma.
"Eu vou sempre esperar por ti." - sorrio e junto os nossos lábios.
(...)
Caminho ao seu lado, enquanto brinco com os nossos dedos, que se encontram enlaçados uns nos outros. Deposito um beijo no seu braço e recebo, em troca, um na minha testa. Entramos na esquadra e posso sentir o seu corpo tremer. Vamos até ao balcão, onde somos encarados, rudemente, por um agente.
"Precisam de alguma coisa?"
Aperto a mão do Zayn e olho-o, depositando, de seguida um beijo no seu braço.
"Eu matei uma pessoa." - sussurra e sinto a sua mão apertar a minha com mais força.
"Como assim, você matou uma pessoa?"
"Foi sem querer. Ela tentou matar-me e eu para me defender...."
"Acompanhe-me por favor." - sai detrás do pequeno balcão e caminha até ao Zayn.
"Aconteça o que acontecer eu vou sempre proteger-te." - abraça-me, fazendo com que realidade se apodere de mim.
Aperto o seu corpo e prendo as lágrimas que estão retidas nos meus olhos. Eu não posso ficar sem ele.
"Amo-te." - sussurro no seu ouvido e ele acaba por juntar os nossos lábios.
"Amo-te." - sussurra e de seguida é levado pelo policia.
Sento-me numa das cadeiras e brinco com os meus dedos, enquanto espero por novidades.
(...)
"Amor?" - sinto alguém mexer no meu cabelo e logo abro os olhos.
Assim que vejo o seu corpo à minha frente levanto-me e abraço-o.
É tão bom sentir os seus braços a apertarem-me. É tão maravilhoso sentir o aroma do seu perfume.
"Então amor?" - olho-o.
"Podemos ir embora." - beija a minha testa, puxando de seguida a sua cintura para mim. - "Eu já depus. Agora falta eles averiguarem e depois logo se vê." - aperta-me.
Volto a caminhar ao seu lado e de seguida entramos no carro, indo até casa. Abro a porta desta e caminho até à sala, encontrando o chão da mesma, com as pessoas que mais amo. Tapo a boca do Zayn e subo em silêncio para não acordar ninguém.
Os seus lábios conectam-se com os meus e em pouco tempo os nossos corpos já se encontram entregues um ao outro.
Eu amo-o e agora eu não o quero perder nunca mais. Agora eu só quero preservar o nosso amor, porque ele é o que de melhor tenho.