Caminho ao longo da rua, enquanto agarro firmemente a mão do Noah. Infelizmente nos últimos dias ele tem-se revelado uma pessoa irreconhecível tanto para mim como para o Zayn e decidimos que o melhor seria traze-lo a uma psicologa, porque ele é, ainda muito novinho para mostrar com tanta raiva do mundo. Todos sabemos que ele tem motivos para estar triste e mal, mas não queremos que ele continue a sofrer com todos estes assuntos. Ele tenta debater-se contra o meu aperto, mas depois de alguns segundos consigo entrar com ele no pequeno edifício. Subo até ao andar que me é indicado na receção e depois de 10 minutos acabo por deixa-lo na consulta.
Pego no telemóvel e ligo ao Zayn, enquanto caminho até um café ali perto.
"Sim amor?" - ouço a sua voz ensonada do outro lado.
"Olá amor."
"Olá meu anjo. Como está o Noah?"
"Foi mais fácil do que eu pensava amor, mas a médica disse que ainda ia estar uma hora com ele, então agora não tenho nada para fazer."
"E decidiste acordar-me." - mesmo que não possa ver, sei que neste momento um pequeno sorriso se soltou dos meus lábios.
"Sim meu amor, tens os outros meninos aí em casa e não te podes distrair."
"Porque que não admites logo que estavas ruída de saudades minhas."
"Ah ah ah, sempre a alimentar o seu próprio ego doutor Zayn Malik." - deixo um sorriso escapar.
"Sim sim, é só para te avisar que esta noite te escapaste, mas para a próxima não vai ser assim e vais ter que me recompensar com juros."
Solto uma gargalhada discreta e de seguida dirijo o meu olhar para o jardim ao meu lado. O meu corpo arrepia-se e a minha mente quebra.
"Amor estás ai?"
"É...É el-ele." - sinto a minha gargante secar e faço um esforço para manter o meu corpo disperto.
"Ele quem amor?"
"O Liam." - sussurro e fecho os olhos com força.
"Eu vou já para ai, onde é que estás."
"Não fica aí, ele ainda não percebeu que eu o vi. Não deixes os meninos em casa, eu juro que vou ser cuidadosa."
"Faz o seguinte, vai com cuidado até ao consultório e deixa-te estar lá, estás mais segura e ao vires para casa, repara se algum carro te vem a seguir."
"Okay amor, mas fica descansado, se ele me quisesse magoar já o tinha feito."
"Vai até ao consultório, eu vou ao telemóvel contigo."
Decido obedecer-lhe. Levanto-me e agarro o telemóvel com força. Abro a porta do café e sinto as minhas pernas tremerem. Não posso fraquejar agora, não posso deixar o meu marido preocupado, ele tem que ficar com os nossos meninos.
"Amor fala comigo, fogo."
"Eu estou bem."- coloco um pé fora do café e logo me apresso a caminhar até ao consultório.
Sinto a respiração do Zayn ainda mais ofegante do que a minha e tento acalmar-me. Abro a porta do edificio e suspiro de alivio.
"Já aqui estou amor."
"Não saias daí, eu vou desligar que o Thomas já acordou e não quero que ele perceba que estamos nervosos, mas vai mandado mensagem.
(...)
Entro em casa e finjo que não reparo no carro que se encontra ao fim da rua. Quando vamos nós ter paz? Ouço passos apressado até mim e logo acelero os meus. Em menos de meros segundos sinto os braços do meu marido envolverem o meu corpo. Aperto-o contra mim e sorrio.
"Está tudo bem."- deposito um beijo no seu peito.
"Tive medo, eu não vos posso perder." - une os nossos lábios, fazendo-me relaxar.