Acontecimentos estranhos

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"Amor quero o teu café." - faz beicinho, fazendo-me gargalhar.

"És tão mimalho Zayn."

"Tu amas-me assim." - gargalha e agarra na minha mão, colocando-o sobre o seu cabelo.

Remexo o seu perfeito ninho de ratos, enquanto deixo pequenos beijos que vão sendo correspondidos. 

"Quando vamos casar?" - sinto o seu olhar acorrentar o meu e logo me arrepio.

"Zayn!" - sussurro e logo desvio os nossos olhares.

"Eu sei que já não podemos fazer um casamento religioso como tu tanto querias, sei que já não podemos realizar esse enorme sonho, mas a realidade é que sendo na igreja ou não a única coisa que conta é o significado que tem para nós. Podia ser aqui e agora, só nós e os meninos, porque para mim o que conta é o amor que nos une e que nós perdemos durante todo este tempo. Eu quero-te para sempre, e agora, mais do que nunca, tenho a certeza que não te vou deixar, venha o que vier ou quem vier. Eu não me importo de ter que ir ao fim do mundo, mas eu quero que digas o sim a olhar-me nos olhos." - sussurra, puxando-me para o seu colo.

"Mas tu sabes que as coisas não são assim tão fáceis quanto isso. A Denise tem que te dar o divórcio." 

"Não amor, isso agora já não existe, basta uma das partes querer." - afaga a minha cara entre as suas mãos. 

"Vamos com calma, okay?" - beijo a sua teste e logo vejo o seu olhar desviar-se do meu.

"Okay." - levanta-se e vejo-o subir as escadas lentamente.

Deixo um longo suspiro sair dos meus lábios e deito-me no sofá. Cobro o meu corpo com a pequena manca que serviu de nosso aconchego e fecho os olhos, ficando a ouvir apenas o leve som da chuva sobre as janelas, lentamente. 

Ouço a campainha e suspiro mais uma vez. Quem será. Quando a minha menina vem costuma ligar ou avisar e hoje ainda não disse nada. É mesmo estranho. Caminho até à porta, mas assim que a abro espanto-me ao ver nada. Nada mais do que nada. Franjo o sobrolho e volto a fechar a porta. Ouço passos atrás de mim e logo sinto os braços agarrarem a minha cintura.

"Tocaram à campainha." - sussurra e sinto o seu aperto sobre mim aumentar.

"Sim, mas abri e não estava ninguém." - sussurro e tento sair do seu aperto.

"Não vamos ficar assim, eu apenas quero que sejas só minha."

"Sempre foi só tua, apenas acho que a nossa vida tem estado uma confusão, então seria bem acentar-mos a depois sim, casar, ter mais de três equipas de futebol e...." - sou interrompida pelos seus lábios.

"A ideia das três equipas de futebol agrada-me, acho que temos que começar a praticar." - pega no meu corpo e sobe até ao nosso quarto. 

Sorrio contra os seus lábios e logo deixo que o nosso beijo se torne em tudo aquilo que preciso para ser feliz. 

"Amor daqui a nada a menina está a acordar para comer." - sussurro.

"Amor vá lá, já não fazemos desde hoje de manhã."- resmunga, fazendo-me gargalhar.

Volto a juntar os nossos lábios e de seguida sinto o meu corpo cair sobre a cama. Puxo o seu de encontro ao meu e, assim que sinto os seus lábios em contacto com a pele do meu pescoço, um arrepio atravessa todo o meu corpo.

"Amor, temos mesmo que ser rápidos." - levo as mãos ao seu cabelo, puxando-o levemente.

"Amo, amo todo o efeito que tenho sobre ti." - sussurra e minutos depois os nossos gemidos entoam por todo o quarto.

"Shiuuu." - tapo a sua boca, mas ele morde a minha mão.

"Amor se eles ouvirem sabem o quanto te amo." - anda mais rápida, fazendo mais e mais gemidos sairem dos meus lábios.

Sinto o meu corpo estremecer assim que ouço um tiro do lado de fora da casa. Os seus movimentos param e ele logo se levanta. Encolho-me entre os lençois e olho-o com receio.

"Calma amor." - sussurra e aperta-me, contra o seu corpo. 

Drug |Z.M|Onde histórias criam vida. Descubra agora