POV Zayn
Mexo no seu cabelo, enquanto sinto os seus lábios percorrerem o meu peito. Quando estou do lado dela sinto que o mundo é tão melhor. Só espero que nada venha estragar a nossa felicidade, porque não ia aguentar sofrer mais e muito menos vê-la sofrer. Apesar de saber que muitas vezes fui uma merda para ela, era horrível ver a retenção de lágrimas em que ficava, era horrível saber que depois de sair ela porta ela iria ficar desprotegida e iria chorar. Era horrível não a puder abraçar e proteger.
"Em que estás a pensar amor?" - sussurra, fazendo-me olha-la.
Sinto os seus lábios beijarem levemente os meus e logo sorrio. É impossível não sorrir estando do lado dela.
"Em nós amor." - sussurro e aperto-a mais contra mim.
"O que é que nós temos?"
"Tu desculpas-me?" - olho-a e logo a vejo endireitar-se e repousar-se sobre o meu peito.
"O que amor?"
"Tu o que te fiz, eu fui um monstro." - fecho os olhos que, rapidamente se abrem, ao sentir os seus lábios espalharem beijos por toda a minha face.
"Não eras um monstro. Sim, a verdade é que naquela altura me magoaste muito e a última coisa que queria era ter algum tipo de contacto com a tua pessoa, mas a verdade é que toda a gente erra, uns aqui outros ali, mas eu amote e sei que me amas e para mim isso é o que mais importa. Só quero agora ser feliz contigo, sem mais confusões."
Sorrio ao ouvir as suas palavras. Eu amo tanto a forma como ela consegue meter as porras que eu lhe fiz para trás das costas. Ela já passou por tanta merda por minha culpa, foi até violada, mas nunca desistiu de mim, nunca me abandonou e quando eu precisei esteve comigo e, isso, acho que nunca mais ninguém, foi, é ou será capaz de fazer.
"Sabes que eu te amo?" - sussurro e roço os nossos lábios.
"Ai amas?" - morde o meu, fazendo-me sorrir de lado.
"Amo babe." - passo as mãos ao longo do seu corpo e logo sinto o seu sorriso traiçoeiro embater contra os meus lábios.
"A que horas vais hoje trabalhar?" - olha-me, fazendo que um enorme beicinho se cruze entre os nossos lábios.
"E se hoje não for." - tento negociar, mesmo sabendo qual será a sua resposta.
"Amor, sabes que neste momento não nos podemos dar a esse luxo, ainda por cima eu agora não trabalho." - resmunga, fazendo-me gargalhar.
"Hoje só vou à noite amor, mas não te preocupes, vou ver se adianto tudo mais cedo para vir embora ter com os meus amores."
"Eu gosto do facto de tu trabalhares, só não gosto destes teus turnos, juro que não." - sinto os seus braços apertarem mais o meu corpo e sorrio.
A minha pequena miúda a tentar proteger-me é mesmo algo demais.
Ouço alguém bater à porta e de seguida vejo dois pequenos miúdos entrarem pela porta. Vejo a mulher da minha vida tapar-se com os lençóis e logo gargalho.
"Mamã." - o meu filho corre para a minha mulher, mas eu logo o agarro.
"Anda cá campeão, a mamã está com dores na barriga." - sorrio e levanto-o no ar, pegando de seguida no Noah.
Seguro-os um em cada braço e sorrio radiante ao sentir os lábios de ambos coliderem com a minha face.
Olho para a minha mulher e gargalho ao perceber que se tenta vestir atrapalhadamente no meio da roupa da nossa cama.
"Não tem piada." - resmunga, fazendo-me gargalhar ainda mais.
"Mamã, vais ter outro mano?" - o Thomas pergunta e as suas bochechas ficam ainda mais vermelhas.
Ela fica tão irresistível desta forma.
"Não amor, a mamã só comeu demais ontem à noite."
"Papá, eu queria mesmo um mano, teu e da mãe, podes?" - sinto os olhos do Noah sobre mim e engulo em seco -" Okay, já sei que não."
Sai do meu colo e eu baixo o olhar.