dezessete.

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Acordo com meu celular tocando, me viro para a cama, para ver de onde tá vindo o som, e aos pouquinhos vou me levantando.

- Alô.

- Amisha, onde você está?

Minha mãe liga perguntando.

- Oi pra você também mãe - digo, resmungando, e me arrastando de volta para debaixo das cobertas, e para o lado de um Pietro quentinho - to na casa de uma amiga.

Minha mãe dá risada - que amiga?

Droga! - mãe, a gente por se falar outra hora.

-Amisha, eu vou voltar semana que vem tá.

- Tá bom, mãe - falo - mas, que dia?

- Sem previsão, só sei que é semana que vem.

Reviro os olhos - vou te esperar, então.

- Amisha, desliga esse telefone - Pietro pede, enquanto vira para o outro lado.

Minha mãe tosse do outro lado da linha, e eu solto um suspiro.

-  Tchau, mãe.

- Você não me escapa, quando eu chegar em casa, beijos amor, estou com saudades.

Ela desliga.

- Porque você falou? Devia ter ficado quieto - digo, e bato em seu ombro.

- Porque eu estou dormindo, e você falando alto - ele virou o pescoço, só para me olhar - e porque você me chamou de menina.

- Você fez de proposito - falou boquiaberta - porque em?

- Porque você estava mentindo - ele diz, e se vira na cama de novo - agora, quietinha que eu quero dormir.

- Já tá na sua hora de levantar - ele abre um olho, e fecha o de novo, fingindo que não ouviu - não faz assim.

- Como eu faço para você parar em - ele resmunga, e se senta na cama.

Ele abre os braços, e se estica inteiro, me fazendo prender o olhar nele. Eu me sento em seu colo, enlaçando meus pés em sua cintura.

- O que você vai fazer hoje? - ele pergunta, e passa as mãos em minhas coxas.

- Trabalhar, e trabalhar.

Ele deixou escapar uma risada, e dá beijos demorados em meu pescoço.

- Você está atrasado, professor.

Digo baixinho, para ele. Ele dá um sorriso de lado, e sela seus lábios no meu devagar.

- Alisha - digo entrando em sua sala - cadê você?

- Oi.

Ela grita, to aqui na salinha.

- Sai daí meu - eu digo, puxando-a - tá cheio de pó isso aqui.

- Eu sei, mas precisei pegar um negocio aqui urgente.

- Mamãe, te ligou? - ela assente - e disse que está voltando.

- Sim, ligou muito cedo - ela me olhou - na verdade, ela só me ligou porque não consegui te achar.

Eu suspirei - é, eu fiquei sabendo.

Alisha me encarava com um cara confusa - ela me ligou, eu estava com o Pietro, aí eu menti falando que estava com uma amiga, aí o Pietro abriu a matraca.

- E ela deixou barato assim?

- Só no dia que chover canivete - Alisha sai da sala, e se senta em uma cadeira - ela disse que fala comigo, quando ela voltar

- Ela vai esquecer.

Falamos juntas, e damos risada.

- Agora, me conta como foi o jantar?

- Foi romântico, foi lindo, fora que ele cozinha super bem.

- E que conclusão você chegou? - ela pergunta

- Ai, quer mesmo que eu responda.

Ali, faz que sim com a cabeça.

- nem eu sei.

Alisha dá risada - cópia, cópia.

Ela ia dizer alguma coisa, mas o telefone toca, e ela diz que depois ela me fala, eu me levanto e volto para a minha sala.

Sento na frente do computador, e abro um arquivo, mas não consigo me concentrar.

- porque você foi aparecer? - resmungo para mim mesma.

Não sabia o que fazer, eu nunca namorei, e também não mantinha casinhos, sempre era por uma noite ou até menos que isso, simplesmente por que eu tinha medo de me machucar, e sofrer depois. Mas, com Pietro tá sendo diferente, acho que deve ser por ele estar presente no meu vinculo de amigos e família, dou um suspiro, e pego meu telefone, procuro a foto de Pietro, e fico olhando a mesma, e tento tomar uma decisão do que vou fazer.

Decido ligar para a minha amiga.

- Amora.

- Oi - ela diz - faz tempo que a gente não se fala.

- Topa ir em um barzinho comigo hoje.

- Claro, se vemos mais tarde então, naquele de sempre.

Combinamos tudo certinho, e eu volto para o trabalho, ou pelos menos tento.

Amor á segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora