cinquenta e quatro.

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No outro dia eu estou cedinho no consultório médico, porque eu não estava afim de ficar horas esperando, mas pelo visto eu ia ficar esperando por horas.

- Vai demorar.

Ali diz, se ajeitando na cadeira.

- Você está desconfortável?

- Não.

Alisha está de sete meses, e logo nossos presentinho ia nascer, mas ela está se sentindo desconfortável, dá para ver como ela está sentada.

- Vem vamos se sentar em uma cadeira mais confortável.

Eu faço menção de se levantar, mas ela me segura.

- Não, vamos ficar aqui mesmo - ela dá uma olhada em volta - estamos bem localizadas aqui.

Dou um sorriso - Tem certeza?

Ela faz que sim com a cabeça, e põe a mão sobre sua barriga.

- E aí, descobriu?

Ela faz uma carinha triste.

- Não - ela suspira - sempre que vou lá, o bebê está virado.

Ela resmunga, mas continua falando

- O Fred, acha que é uma menina.

Dou uma risada, Fred tinha chutado o sexo dos três anteriores, e acertou os três.

- Confie nele, o histórico dele é bom.

Alisha dá risada.

- Sim - ela alisa a barriga dela - papai sempre acerta.

- Está tudo pronto, pro chá?

- Sim, sim - ela me olha - mas, agora o Fred não me deixa mais fazer nada, ele tá na cola.

Dou uma risada - Ali, você sabe que ele está assim.

- Porque eu estou entrando em reta final.

Meu nome é chamado, e Alisha empurra minha cadeira de rodas para a sala do médico, entramos e o médico pede que eu tire a o gesso, e me encaminha para o raio-x.

- Pietro não quis vir?

Ali pergunta, e sou um suspiro.

- Ele nem sabe que eu vim aqui.

- Porque?

- Não quis contar para ele - falo - nós já vamos se ver a noite.

Alisha abre um sorriso malicioso.

- Você sabe que nós somos só amigos agora - afirmo - eu vou com ele em um jantar com o pessoal da escola.

- Que chique.

- Exato - faço uma careta - Pietro, falou que é para eu ir arrumada.

- Destrambelhada.

- Não provoca.

Me defendo, e dou uma risadinha.

- E eu não tanho a roupa.

Alisha fica em silêncio, aposto que está matutando alguma coisa, me chama para tirar o raio-x, e quando eu saio, Alisha dá um sorriso sapeca para mim.

- Eu tenho um vestido, que eu nunca usei, é todo preto, e eu acho que vai ficar bonito com uma sapatilha.

- Vai me deixar atacar seu guarda roupa.

Ela suspira.

- Só o vestido.

Dou um sorriso para ela.

Amor á segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora