sessenta.

2.3K 172 37
                                    

Pietro decidiu antes de ir para casa, parar em um supermercado.

- Compras do mês gata.

Ele responde, quando eu resmungo sobre ir fazer compras.

- Mora sozinha para você ver - ele me olha - tem que fazer compras, limpar a casa, pagar conta, e tudo mais.

- Dona de casa.

Digo, brincando com ele.

- Fica brincando, aí - ele pega um produto de barbear - que eu vou querer ver você aprender fazer tudo isso sozinha.

- Não vou morar sozinha tão cedo, então não preciso aprender agora.

Eu digo, ele revira os olhos.

E ele, me faz ajuda-lo a fazer compras.

- Quanta coisa.

Coloco as coisas no carro, com ele.

- Não é muita coisa, é para quinze dias, fora que isso dura muito mais.

- Nossa, você não come não.

Ele me olha.

- Eu morro sozinho, e as vezes nem em casa eu como, isso faz com que dure a comida - ele levanta um dedo - e o principal, eu não faço muita comida para não sobrar  e estragar.

Nossa, ele era o cara perfeito, até sobre isso ele sabia,  e eu não sabia nada disso.

- ótimo, estou recebendo uma aula.

- Quero receber meu pagamento então, princesa.

Ele pisca para mim, e entra no carro.

- Que tipo de pagamento?

- Algo interessante.

Fico pensando em algo que possa ser interessante, mas nada me vem a cabeça.

- O que te vem em mente?

Ele dá uma risada, que faz meu olhar se voltar para ele.

- Ué, que você guarde as compras.

- Você tá de brincadeira? - pergunto risonha.

Ele nega, e eu olho para ele meio boquiaberta.

- Não vou fazer isso.

Olho para ele.

- Vai sim, você vive na minha casa, agora vai me ajudar.

Contra fatos não á argumentos, certo? Certíssimo.

- Tá legal - eu digo resmungando - eu fico com as coisas do quarto, e você dá cozinha.

- Fechado.

Ele tira uma mão do volante, e aperta a minha.

Quando chego na minha casa, ops, quero dizer na casa do Pietro, ajudo ele a subir com as compras, e eu pego os itens, e levo para o quarto, coloco todas as sacolas de cima da cama, e começo a guardar as coisa nos devido lugares.

- Pietro, onde eu guardo papel higiênico?

Grito, para ele, que me responde gritando também.

- Dentro do gurda roupa.

Dou um suspiro, e abro seu gurda roupa, e dou uma olhada para cima, tinha um espaço, fico nas pontas dos pés e jogo o papel higiênico para cima, dou uma empurrada, e depois puxo, só que isso faz com que uma caixinha, caía em cima da minha cabeça.

- Mas, que bosta.

Abaixo para pegar a caixinha, e quando pego a caixinha na mão tem meu nome escrito nela.

- é para mim.

Eu abro a caixinha, e quando eu vejo o que tem dentro, meu coração se aperta da mesma forma que eu fico feliz, loucura né? Fico olhando para os dois anéis, com os olhos vidrados eu não saia o que eu ia fazer, pego o menor, e leio a frase de dentro, mas só tinha escrito.

- Amisha e Pietro e um coraçãozinho.

Eu não acredito nisso, eu não posso acreditar nisso, eu estava fechando a caixinha, quando a porta se abriu.

- Você já terminou? - Pietro pergunta - porque está passando um filme ótimo na televisão.

Eu me viro, e ele nota a caixinha na minha mão, e o rosto dele muda.

- Você estava mexendo nas minhas coisas?

Ele pergunta, enquanto se aproxima de mim.

- Você ia pedir alguém em namoro.

- Não se faça de tonta, porque você deve ter olhado o que estava escrito aí.

Suspiro fundo,  e ele toma a caixinha da minha mão, e coloca a mesma em uma gaveta.

- Quando você ia me contar?

Ele não olha para mim.

- Quando eu tivesse certeza que você ia dizer sim.

Eu fico olhando para ele, e dou risada, isso faz ele me encarar.

- Isso é ridículo.

- O que é ridículo?

- Essa situação, você tem um par de alianças guardas, porque tem medo da minha resposta, e vai continuar guardada.

Ele me encara, e seu semblante é triste, irritado.

- Vai continuar?

- Vai, porque eu não vou namorar com você - eu digo, e dizer isso me doí por dentro - nem fazer nada com você, porque isso é clichê.

- Eu não pedi para você fazer nenhuma dessas coisas - ele cospe essas palavras - então, não responda o que não foi perguntado.

Eu fico olhando para ele que fica olhando para mim.

- é melhor colocarmos um fim em tudo o que temos - ele abaixa o olhar - porque não vou continuar uma coisa que não tem futuro.

Eu fico em silêncio.

- Sai da minha casa.

Ele pede.

- E, me faça um favor, nunca mais aparece aqui, nem na escola, nem em qualquer lugar que você saiba que possa estar.

E meus olhos se enchem de lágrimas, e eu saio correndo, quando eu fecho a porta do apartamento dele, eu me permito chorar baixinho.

O meu medo de compromisso, me fez perder ele.

Amor á segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora