Pietro decidiu antes de ir para casa, parar em um supermercado.
- Compras do mês gata.
Ele responde, quando eu resmungo sobre ir fazer compras.
- Mora sozinha para você ver - ele me olha - tem que fazer compras, limpar a casa, pagar conta, e tudo mais.
- Dona de casa.
Digo, brincando com ele.
- Fica brincando, aí - ele pega um produto de barbear - que eu vou querer ver você aprender fazer tudo isso sozinha.
- Não vou morar sozinha tão cedo, então não preciso aprender agora.
Eu digo, ele revira os olhos.
E ele, me faz ajuda-lo a fazer compras.
- Quanta coisa.
Coloco as coisas no carro, com ele.
- Não é muita coisa, é para quinze dias, fora que isso dura muito mais.
- Nossa, você não come não.
Ele me olha.
- Eu morro sozinho, e as vezes nem em casa eu como, isso faz com que dure a comida - ele levanta um dedo - e o principal, eu não faço muita comida para não sobrar e estragar.
Nossa, ele era o cara perfeito, até sobre isso ele sabia, e eu não sabia nada disso.
- ótimo, estou recebendo uma aula.
- Quero receber meu pagamento então, princesa.
Ele pisca para mim, e entra no carro.
- Que tipo de pagamento?
- Algo interessante.
Fico pensando em algo que possa ser interessante, mas nada me vem a cabeça.
- O que te vem em mente?
Ele dá uma risada, que faz meu olhar se voltar para ele.
- Ué, que você guarde as compras.
- Você tá de brincadeira? - pergunto risonha.
Ele nega, e eu olho para ele meio boquiaberta.
- Não vou fazer isso.
Olho para ele.
- Vai sim, você vive na minha casa, agora vai me ajudar.
Contra fatos não á argumentos, certo? Certíssimo.
- Tá legal - eu digo resmungando - eu fico com as coisas do quarto, e você dá cozinha.
- Fechado.
Ele tira uma mão do volante, e aperta a minha.
Quando chego na minha casa, ops, quero dizer na casa do Pietro, ajudo ele a subir com as compras, e eu pego os itens, e levo para o quarto, coloco todas as sacolas de cima da cama, e começo a guardar as coisa nos devido lugares.
- Pietro, onde eu guardo papel higiênico?
Grito, para ele, que me responde gritando também.
- Dentro do gurda roupa.
Dou um suspiro, e abro seu gurda roupa, e dou uma olhada para cima, tinha um espaço, fico nas pontas dos pés e jogo o papel higiênico para cima, dou uma empurrada, e depois puxo, só que isso faz com que uma caixinha, caía em cima da minha cabeça.
- Mas, que bosta.
Abaixo para pegar a caixinha, e quando pego a caixinha na mão tem meu nome escrito nela.
- é para mim.
Eu abro a caixinha, e quando eu vejo o que tem dentro, meu coração se aperta da mesma forma que eu fico feliz, loucura né? Fico olhando para os dois anéis, com os olhos vidrados eu não saia o que eu ia fazer, pego o menor, e leio a frase de dentro, mas só tinha escrito.
- Amisha e Pietro e um coraçãozinho.
Eu não acredito nisso, eu não posso acreditar nisso, eu estava fechando a caixinha, quando a porta se abriu.
- Você já terminou? - Pietro pergunta - porque está passando um filme ótimo na televisão.
Eu me viro, e ele nota a caixinha na minha mão, e o rosto dele muda.
- Você estava mexendo nas minhas coisas?
Ele pergunta, enquanto se aproxima de mim.
- Você ia pedir alguém em namoro.
- Não se faça de tonta, porque você deve ter olhado o que estava escrito aí.
Suspiro fundo, e ele toma a caixinha da minha mão, e coloca a mesma em uma gaveta.
- Quando você ia me contar?
Ele não olha para mim.
- Quando eu tivesse certeza que você ia dizer sim.
Eu fico olhando para ele, e dou risada, isso faz ele me encarar.
- Isso é ridículo.
- O que é ridículo?
- Essa situação, você tem um par de alianças guardas, porque tem medo da minha resposta, e vai continuar guardada.
Ele me encara, e seu semblante é triste, irritado.
- Vai continuar?
- Vai, porque eu não vou namorar com você - eu digo, e dizer isso me doí por dentro - nem fazer nada com você, porque isso é clichê.
- Eu não pedi para você fazer nenhuma dessas coisas - ele cospe essas palavras - então, não responda o que não foi perguntado.
Eu fico olhando para ele que fica olhando para mim.
- é melhor colocarmos um fim em tudo o que temos - ele abaixa o olhar - porque não vou continuar uma coisa que não tem futuro.
Eu fico em silêncio.
- Sai da minha casa.
Ele pede.
- E, me faça um favor, nunca mais aparece aqui, nem na escola, nem em qualquer lugar que você saiba que possa estar.
E meus olhos se enchem de lágrimas, e eu saio correndo, quando eu fecho a porta do apartamento dele, eu me permito chorar baixinho.
O meu medo de compromisso, me fez perder ele.
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Amor á segunda vista
ChickLit#15 - saudade Somente aquele que é o outro, nos mostra como verdadeiramente somos. - Amor à Segunda Vista