quarenta e oito.

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Três dias depois.

- Filha.

Minha mãe me chama, e eu resmungo.

- é serio, acorda.

- O que?

Eu tiro a coberta da minha cabeça, e olho para ela.

- Eu to indo viajar - ela me cutuca - você se cuida em.

- Eu vou ficar bem - digo, para ela - e vou sobreviver.

- Tchau.

Aceno para ela que sai, e depois ela gritar um outro tchau, e volto a dormir, fico deitada por um bom tempo, levanto, e já estou acostumada com a minha perna. Eu só não estou acostumada, com a saudade que eu estou sentindo do Pietro.

Fora que eu estava tendo um probleminha com tontura e dor de cabeça, um coisa horrível, e agora estava me atacando.

- Não, não tem ninguém em casa para me socorrer.

Tomo o remédio que eu sempre tomava para cortar, e espero fazer efeito, ligo para a Alisha, que não atendia o celular, depois liguei para Fred, que também não atendeu,e a minha tontura em vez de melhor ficou cada vez mais forte.

- Droga, eles estão na consulta.

Respiro o fundo, e olho os contatos do meu celular, e resolvo liar para ele mesmo.

- Alô.

- Pietro, por favor - eu engulo em seco - me ajuda.

- O que aconteceu?

Eu demoro um tempo para responder, eu respiro fundo

- Amisha.

- Vem logo, por favor.

- O que você tá sentindo?

- Eu - eu respiro fundo de novo - estou com tontura.

- Você já tomou remédio?

Ele pergunta, e eu escuto que alguma coisa caiu no chão.

- Tomei, mas não faz efeito.

- Calma, eu to indo para ir.

Ele desligou, e eu fico no sofá esperando Pietro aparecer. Escuto batidinhas na porta, e em seguida ele chama o meu nome, eu levanto rápido do sofá, o que faz piorar minha tontura, abro a porta, e tropeço nos meus próprios pés.

Pietro me segura a tempo.

- Opa - ele me puxa para ele - que cheiro é esse?

- Sei lá.

Ele dá uma olhada na cozinha - aí meu deus.

Ele me apoia  na parede, e corre para desligar o fogo.

- Você quer morrer?

- Não, eu esqueci de desligar.

Ele se aproxima de mim, e tira o cabelo do meu rosto.

- Vou te levar no hospital.

Eu nego, ele só revira os olhos, e me pega no colo, tranca a porta e me coloca no carro, ele me leva no hospital,e logo sou atendida.

- Não me deixa.

Eu choramingo para ele, ele aperta a minha mão.

- Vou ficar aqui com você, só descansa tá bom.

Faço que sim, e logo o remédio faz efeito e logo eu apago.

Acordo ouvindo vozes, que não consigo identificar.

- Não, tudo bem, vou ficar com ela hoje.

- Ela já está de alta, melhoras para ela.

O médico sai, e Pietro se aproxima de mim de novo.

- Ainda bem que você já acordou - ele beija carinhosamente minha testa - você me deixou preocupado.

- Desculpa.

- Desculpa, pelo o que, princesa?

- Por ter te ligado, eu não devia.

- Devia sim - ela passa a mão em meu rosto - vou cuidar de você.

Dou um sorrisinho - o que eu tenho?

- O médico disse que pode ser labirintite, ou estresse, mas não é nada grave.

- Ainda bem - sorrio para ele, e pego sua mão e entrelaço meus dedos no seu - quando vou sair daqui?

- Quando esse soro acabar.

Olho para cima, e vejo que já está no finzinho. Pietro não sai do meu lado, em nenhum momento, ele me abraça enquanto caminhamos até seu carro.

- Você pode me deixar em casa? Você não precisa se responsabilizar por mim.

Ele dá um sorriso de lado, e aperta a minha mão.

- Você me ligou, a partir desse momento você pediu para eu cuidar de você, não vou te deixar agora, vou cuidar de você até você ficar melhor - ele me encara - você não vai fugir de novo.

- Mas...

- Aquilo nós resolvemos depois, sua saúde em primeiro lugar.

Dou um sorriso de lado, e encosto minha cabeça no banco, ele passa na farmácia antes de irmos em casa, ele comprou meus remédios, e depois fomos para o seu apartamento. Ele me ajuda a descer do carro, e caminhamos junto até o elevador, ele abre seu apartamento para mim, e me pede pra ficar a vontade, já está tarde quando saímos do hospital, então eu tomo um banho, e vou ficar com ele na sala, ele já está de banho tomado, me olhando.

- Você tá bem?

- Eu to melhor - me sento, ao seu lado no sofá, e decido que eu quero me aconchegar em seus braços, ele me abraça de volta, e ficamos assim, assistindo filme, quando anoiteceu ele me deus os remédios, e preparou a janta.

- Quer conhecer minha irmã?

Ele pergunta de repente, eu o encaro.

- Sua irmã?

- é, ela já deve estar voltando.

- Você nunca me disse que sua irmã morava com você.

- Ela não mora, eu fui buscar ela no aeroporto, quando eu fui ficar com você no médico.

Fico em silêncio, ele tinha que buscar a irmã, e eu fui logo bringando com ele.

- Desculpa.

- Pelo, o quê?

- Por aquele dia, eu não devia ter feito o que eu fiz.

- Já passou - ela dá um sorriso, e passa a mão em minhas costas - quer conhecer minha irmã?

- Acho que sim.

- Ou você quer conhecer ela amanhã?

Penso um pouco antes de responder.

- Eu quero conhecer sua irmã amanhã, pelo menos vou estar mais apresentável.

- Claro, então, acho melhor irmos para o quarto.

Ele me ajuda a me levantar, e vamos para o quarto, e eu deito na cama, quer algo para por no pé.

- Não, assim esta muito bom.

Logo, ele deita na cama ao meu lado, e começa a mexer no celular, eu me aproximo dele.

- Curiosa.

Ele diz brincando, e eu faço cara de convencida.

- Só to vendo a hora.

- Então, vamos dormir, que é muito melhor.

Pietro fica de frente para mim me encarando, e eu me arrumo de novo, ele dá um sorriso, ficamos em um silêncio confortável, até nós pegarmos no sono.


Amor á segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora