dezenove.

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Amisha.

- O que você pensa que está fazendo?

Pergunto para Pietro, que estava grudado com uma menina.

- Amisha?

Ele pergunta surpreso.

- Você não me respondeu - digo, e encaro a menina - será que você pode nós dar licença.

A menina me analisa, e não se desgruda de Pietro - eu vi ele primeiro.

Ah, não acredito nisso - Não, perguntei isso, e nem quero saber.

- Amisha - Pietro, diz e dá um passo para trás - o que você está fazendo?

- Pede para ela sair

digo irritada, e aponto um dedo para a menina. Pietro me pega pelo braço, e sai me puxando para longe dá menina.

- O que você tá fazendo? - ele pergunta - agora, vai brigar em bar?

Eu olho para ele furiosa - eu que te pergunto, o que você tava fazendo grudada naquela menina?

- Eu estava dançando, e eu nem coloquei a mão nela.

Dou uma risada - Ela quase tava te beijando, só não beijou por que eu apareci.

- Isso é ciúme, Amisha? - Pietro pergunta divertido, e passa a mão em meu queixo.

- Não posso ter ciúme, do que não é meu - eu respondo - fora que não temos nada.

Ele arqueia uma sobrancelha - então, se não temos nada, porque você não deixou que ela me beija-se?

Nem eu sei, porque eu fiz isso, quanto mais responder para ele. Quando eu vi ele dançando com outra menina, não gostei nada, sei lá o que me deu, e eu fui lá no impulso, ver o que estava acontecendo, na verdade fui tirar satisfação, mesmo.

- Porque eu quero respeito - olho para ele - porque outro dia, eu estava na sua cama, e eu quero respeito, em relação a isso.

Ele me analisa, e sei que eu não convenci ele - então, quer dizer, que eu não posso ter mais ninguém, porque eu transei com você?

Faço que sim - isso se chama respeito.

- Não, senhora - ele me puxa para ele - isso se chama ciúme, Amisha.

- Não, não e não - digo, resmungando e tentando me libertar de seus braços, quando eu vejo que não vou conseguir, eu paro, e olho para  ele - me solta, por favor.

- Só se você admitir que ficou com ciúme.

Ele diz, divertido.

- Não, volta lá para a sua amiguinha - ele me beija, e eu me agarro a ele, ele termina um beijo com um selinho demorado, eu olho em seu olhos e sussurro - não temos nada.

- Não temos nada, amiguinha - ele repete, mas quando abro os olhos vejo um brilho brincalhão em seus olhos, ele me beija mais um vez, e me solta - se divirta, princesa, quem sabe a gente não se encontra de novo.

- Você vai me deixar sozinha? Vai voltar para ela?

Pergunto ainda irritada, e não acreditando no que está acontecendo.

- Não foi o que você me pediu para fazer, gata?

Eu fico em silêncio, não conseguia pensar em nada para responder ele, já que ele falou a verdade, e eu não podia discutir contra isso.

Ele pisca para mim, e sai andando no meio da multidão.

- Amisha, o que foi isso?

Amora pergunta, parando ao meu lado.

- Não foi nada - digo, olhando para a multidão com meu olhar perdido

- Amisha - ela estrala os dedos na frente do meu rosto, e eu foco meu olhar nela - o que aconteceu?

- Já disse, não foi nada.

Eu respondo, e saio andando, deixando a Amora, sem entender nada, se bem que nem eu to me entendo, me encosto no balcão e peço um bebida, aproveito para respirar fundo. Um cara chega em mim, e começamos a conversar, ele cada vez se aproxima mais, e dá beijos no meu pescoço, envolvo a minha mão no pescoço do cara e o puxo para mim.

- O que foi gatinha?

Ele pergunta, quando repara que meu olhar não está nele, e sim na nossa volta. Sim, eu estava procurando Pietro, e quando eu encontro ele estava com a mesma menina de antes, que agora está beijando seu queixo, deixo um suspiro escapar.

- Nós não temos nada - falo para mim mesma mentalmente, mas continuo meu olhar fixo nele, ele me olha do outro lado, e ficamos nos encarando - desculpa, não vai rolar - digo, afastando o cara.

Nem reparo no que o cara fala para mim, só saio andando, para fora, minha noite acabou ali. Vou caminhando pela rua até o ponto de ônibus, fiquei esperando ali, e esperando que Pietro viesse atrás de mim. Mas, quando o ônibus chega, me dou conta do que eu fiz, e de que agora não adianta ficar me iludindo.

Quando eu chego em casa, me jogo na cama, e demoro para dormir, e quando consigo pegar no sono, já é de madrugada.

Amor á segunda vistaOnde histórias criam vida. Descubra agora