Laoch, Amor além do tempo

Cinturão de orion

No capítulo anterior

— Soph, — Anne se aproxima para sussurrar em meu ouvido. — Eu descobri algo.

Ela tem a minha total atenção agora.

— O que você descobriu?

— Isso, — pegou em meu colar. — Eu descobri algo sobre isso que vai deixar você de cabelo em pé. — ela continua a sussurrar para que Edgar ou meu avô não pudesse escutar. — Você estava certa sobre Mary Ann...

Isso muda completamente a minha noite. De repente esta noite se tornou interessante e mesmo que seja apenas uma grande besteira, fugir dos olhares de Febreric era tudo que eu deseja.

Dublin, Irlanda, Novembro de 2016

Anne me puxa todo o caminho até o escritório do me avô, uma vez que estamos dentro ela tranca a grande porta de madeira e para olhando dentro dos meus olhos.

— Você está pronta para isso? — questiona.

— Você está começando a me deixar com medo. — brinco. — Os seus olhos estão praticamente saltando para fora e isso me assusta além do limite. — Anne revira os olhos puxando o seu celular de dentro da sua cluth.

— Deixe de ser uma grande otária e olhe isso. — acendeu a tela do seu celular em foto tirada da sua mãe, sua irmã mais nova, ela e sua avó.

— O que exatamente você quer me mostrar? São bonitos esses vestidos da Prada. — zombo.

— Soph! — Anne ri. — Não é isso que eu estou falando. Olhe esse quadro que está na família há anos. — indica.

— É o mesmo quadro do corredor da casa da sua avó.

— Exatamente! Agora olhe com atenção para essa mulher no retrato. Embora essa pintura óleo esteja um tanto brilhosa demais, você conseguirá ver que esta mulher tem em seu pescoço isto. — toca em meu colar. — Ou é uma jóia idêntica. — deduz.

Aperto meus olhos ao tomar o celular da sua mão, dando zoom na tela. No canto ao lado de mais duas mulheres e um senhor sentado no centro existe uma mulher loira com traços delicados. Os seus longos cabelos pálidos são encaracolados e descem como cascata pelos seus ombros e terminam em sua cintura apertada. Os olhos penetrantes parecem olhar dentro da minha alma. Em seu colo descansa um colar de prata com uma pedra de esmeralda.

— O quê? — aumento o zoom o máximo que o celular é capaz para ter a certeza de que não estou vendo coisas. — É o mesmo colar. — assumo finalmente.

— Sim! — Anne diz excitada. — E a parte melhor é que a minha avó sabe a história deste colar. — conta. — Bom, pelo menos eu acho que ela sabe. — deu de ombros.

— O que foi que ela te contou?

— Tiramos essa foto um pouco antes de sairmos da casa dela, meus pais resolveram buscar a minha avó porque ela se recusava a vir com o motorista. Quando as mulheres se reuniram para tirar esta foto, foi em um local completamente aleatório. A caminho daqui coloquei a foto em meu Instagram e um seguidor comentou que o quadro é um belo retrato e só então prestei a devida atenção nele. Você não pode imaginar quão alto foi o meu grito quando vi esse colar nesta mulher. — conta.

— E em que parte a sua avó falou sobre o quadro?

— Na parte que eu imediatamente liguei para ela como uma louca. — riu.

— Anne, o que foi que ela disse exatamente?

— Segundo ela este quadro está na família há gerações. Sua avó o guardou e assim fez a sua bisavó. Esta mulher, Mary Ann, — aponta para a jovem ao lado da moça com o colar. — Ela é a minha tetravó como você tinha me lembrado. E está mulher, — desta vez aponta para a mulher do colar. — É sua irmã mais velha. — olha para mim. — Seu nome é Emma.